Em 1976, o futebol de Criciúma esteve fora do Campeonato Catarinense. Com o Próspera rebaixado no ano anterior, Santa Catarina só viu o renascimento criciumense na bola rolando em 1977, com o Comerciário que tornou-se Criciúma Esporte Clube em 1978. Desde então, nunca o Tigre ausentou-se da elite. Até agora.

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O inédito rebaixamento em 2021 está cumprido, embora a desconfiança que reinava nos bastidores. – Todo mundo achava que, como o presidente da FCF já foi dirigente do Criciúma, que daria um jeito. Não tem jeito. O Criciúma deveria ter feito seu papel dentro de campo, o que infelizmente não fez – afirmou o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Rubens Angelotti. A ausência do Criciúma afasta um peso histórico da luta pelo título do Catarinense em 2022. O Tigre tem, em sua galeria, as conquistas de 1968 (como Comerciário), 1986, 89, 90, 91, 93, 95, 98, 2005 e 2013. 

A bola rola neste sábado (22) na abertura do Catarinense com a vice-campeã Chapecoense contra o estreante Barra (campeão da Série B em 2021), às 16h30min, na Arena Condá. No mesmo horário, o Próspera, único criciumense na disputa, visitará o Camboriú no estádio Augusto Bauer, em Brusque. Ainda no sábado, Concórdia x Brusque às 19h. A rodada será completada domingo com Marcílio Dias x Avaí, Hercílio Luz x Juventus e Figueirense x Joinville.

Na campanha do rebaixamento do Criciúma, Próspera ganhou no Heriberto Hülse
Na campanha do rebaixamento do Criciúma, Próspera ganhou no Heriberto Hülse (Foto: Lucas Colombo / EC Próspera)

– O Criciúma infelizmente na minha gestão caiu, e vai disputar a Série B do Catarinense e a B do Brasileiro em paralelo. Vai ser difícil para o Criciúma – avaliou o presidente da FCF. – Eu acredito que o time que vai disputar a B do Catarinense é o mesmo da B do Brasileiro. Se não for campeão, tem que classificar para subir – registrou.

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Um Catarinense com público

Em 2020, a pandemia de Covid-19 esvaziou os estádios na reta final da primeira fase do Catarinense. No ano passado, o público esteve ausente, também por força do coronavírus. Essa temporada marca o reencontro efetivo das torcidas com seus times. Mas o presidente Angelotti está atento à evolução da pandemia. Ele não descarta riscos.

– Garantia 100% a gente não tem. Estamos sempre atentos aos números da pandemia, essa crise sanitária de dois anos. A segurança de todos precisa ser preservada – salientou. – Torcemos para que consigamos fazer o campeonato todo com público. O futebol vem sofrendo há dois anos, sem público é muito difícil. A FCF vive de jogos – comentou Angelotti.

A decisão da Recopa nesta quinta-feira, vencida pelo Figueirense no clássico contra o Avaí na Ressacada, serviu de teste. – Mas lógica que tem os protocolos a cumprir – lembrou o presidente. A FCF enfrentou dificuldades para elaborar a escala de arbitragem da primeira rodada do Catarinense, por conta dos desfalques com árbitros positivados para Covid-19. 

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Atenção às condições dos estádios

Esse será o último Campeonato Catarinense em que se admitirá clubes com estádios sem iluminação. O Estadual começa com problemas envolvendo o Próspera e o Camboriú (que se enfrentam neste sábado em Brusque). Os dois não têm estádios aptos para a disputa. O Mário Balsini, em Criciúma, passa por troca de gramado e ainda não pode acolher o Próspera, enquanto o Nações, em Balneário Camboriú, vem recebendo adequações para sediar os jogos do Camboriú.

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– O Próspera e o Camboriú estão com o mesmo problema. O presidente do Figueirense vai emprestar o Orlando Scarpelli para o Próspera fazer o seu jogo contra o Hercílio Luz na segunda rodada – contou Angelotti. – Semana que vem o Próspera planta a grama, talvez tenha que fazer mais um jogo no Heriberto Hülse ou em Tubarão para poder daí voltar a jogar no campo dele – apontou.

– A gente sabe a dificuldade dos clubes, não é barato reformar, mas eles são bem avisados, para jogar a Série A são várias mudanças necessárias – refletiu o dirigente. – Ano que vem já vem o advento da iluminação, a gente até deu uma segurada por causa da pandemia, pela dificuldade de não ter público nem arrecadação. Mas se querem disputar a Série A, tem que ter estádio que corresponda – advertiu.

Os 12 times do Campeonato Catarinense se enfrentarão em turno único. Após 11 rodadas, os 8 melhores avançam para as quartas de final, e a disputa será em mata-mata até a decisão. Os dois piores da primeira fase estarão rebaixados à Série B. O campeão terá vaga garantida na Copa do Brasil e os três melhores colocados, fora os que já possuem calendário nacional nas séries A, B e C, estarão assegurados na Série D do Brasileiro de 2023. – Tudo isso aponta para um campeonato equilibrado – arrematou Angelotti.

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A Série B estadual

Campeonato do Criciúma em 2022, a Série B começará em 29 de maio estendendo-se até 28 de agosto. Os 10 times jogarão entre si em turno único, classificando os 8 melhores para as quartas, avançando em mata-mata até a decisão. Os dois melhores sobem. 

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Serão adversários do Criciúma na B estadual o Metropolitano (Blumenau), Nação (Canoinhas), Carlos Renaux (Brusque), Guarani (Palhoça), Atlético Tubarão, Internacional (Lages), Atlético Catarinense (São José), Blumenau e Caravaggio (Nova Veneza).

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