No último dia 11, relacionamos uma série de denúncias da atual secretária de Educação de Treze de Maio, no sul de Santa Catarina. Graziela da Silva Nandi referiu o que chamou de “caos” na herança da gestão anterior, citando almoxarifados vazios, falta de kits escolares, uniformes e até folhas sulfite para as atividades das escolas municipais.
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A postagem do NSC Total repercutiu na pequena cidade de 7 mil habitantes, localizada a 32 quilômetros de Criciúma. Tanto que a ex-secretária de Educação do município, Mariléia Burato de Pieri Bressan, estará na sessão da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (21) para prestar esclarecimentos sobre o assunto.
– Deixamos a secretaria com todas as condições para o perfeito funcionamento – assegura. – Durante a transição, depois da eleição, a atual secretária apenas se apresentou em uma manhã, por um curto período de tempo, juntamente com o prefeito eleito. Eles foram apresentados à equipe efetiva da secretaria e até o fim da gestão passada não foram mais até a secretaria – aponta Mariléia. Ela fazia parte da gestão do prefeito Clésio Bardini de Biasi, o Keke (MDB), que encerrou seu período de oito anos repassando a prefeitura de Treze de Maio para o seu primo irmão Jaison Bardini, o Neném (MDB).
Em resposta ao citado “caos” pela atual secretária Graziela, a antecessora afirma que “uma das maiores preocupações sempre foi voltada para a qualidade do ensino”. – Além disso, foi deixado um comitê municipal organizado, o PlanCon-Edu aprovado, todas as escolas com rematrículas organizadas, o calendário escolar e as documentações em ordem – destaca Mariléia.
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Os almoxarifados vazios
Sobre os almoxarifados vazios reclamados pela gestão que assumiu em 1º de janeiro, a ex-secretária informa que “o material de consumo era reposto mensalmente, de acordo com as necessidades de cada unidade escolar”. – Houve estoques que perderam qualidade, o que gerou desperdício. Assim, cada diretor fazia a lista do que necessitava e, mesmo assim, ficaram materiais disponíveis para distribuição. E só agora, depois de seis meses, sentiram essa necessidade, sinal que havia sim estoque – argumenta.
A respeito da falta de alimentos nos estoques da secretaria, Mariléia observa que, com base em lei, o excedente do período de suspensão das aulas foi distribuído aos pais e responsáveis pelos estudantes.
A falta de licitação para compra de kits escolares e uniformes, também reclamada pela secretária Graziela, a ex-secretária Mariléia informa que houve dois fatores que impediram o encaminhamento prévio dos certames. – Por orientação do Estado, em função da pandemia, as matrículas novas ficaram para janeiro e fevereiro. Logo, não sabíamos os números exatos de alunos para fazer as compras. E esse ato de antecipar não é obrigatório, em momento algum fomos informados pela secretária se o novo governo continuaria a fornecer os kits – complementa.
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Ex-secretária falou com o atual prefeito
Também citada por Graziela, a falta de folhas sulfite foi explicada por Mariléia. – O prefeito eleito, na transição, soube que havia folhas sulfite adquiridas. E outros materiais também, em ótimo estado. A secretária dele que não viu. Será que ela visitou mesmo os almoxarifados? – indaga. – Será que precisava mesmo pedir sulfite aos alunos? – emenda.
Mariléia conta que conversou, dias depois da divulgação do caso pelo NSC Total, com o atual prefeito. – Fui muito bem recebida e tivemos uma boa conversa – reforça. – Me coloquei à disposição para tirar dúvidas e auxiliar, e não fui procurada. São tantas picuinhas, deboches, pirraças e indiretas, mas para mim a educação está acima de tudo – finaliza.
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