Na estreia dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro, o Criciúma estava lá, como um dos catarinenses da Série A ao lado do Figueirense em 2003. O Tigre caiu em 2004 e ali começou uma ciranda de descensos e acessos. Foi parar na C de 2006, da qual voltou campeão, frequentou a B por duas temporadas, andou mais duas na Terceira Divisão, retornou à B de 2011 e no ano seguinte subia à A, na qual ficou duas temporadas. Jogou de novo a B de 2015 a 2019, retornando à C em 2020 e agora, 2021.
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Difícil encontrar clube brasileiro com vai e vem tão grande entre divisões: foram nove mudanças nas últimas 18 temporadas. E uma nova mudança, desta vez, é vista com bons olhos. É, na verdade, o grande objetivo. A partir do que aconteceu na última sexta-feira (13), o Criciúma quer de vez pegar a credencial de candidato a uma das quatro vagas na Série B do ano que vem.
Nos pontos corridos, o sobe e desce do Tigre:
2003 – Série A
2004 – Série A
2005 – Série B
2006 – Série C
2007 – Série B
2008 – Série B
2009 – Série C
2010 – Série C
2011 – Série B
2012 – Série B
2013 – Série A
2014 – Série A
2015 – Série B
2016 – Série B
2017 – Série B
2018 – Série B
2019 – Série B
2020 – Série C
2021 – Série C
– Não tem dúvida, esse é o nosso grande objetivo. A Série B vai nos dar a tranquilidade financeira, o orçamento adequado, o calendário que visamos para esse resgate do clube – comenta sempre o presidente Anselmo Freitas.

E uma subida de divisão nacional, agora, proporcionará algo inédito e curioso para o Criciúma em 2022: a possibilidade de jogar duas vezes a Série B ao mesmo tempo, em Santa Catarina e no Brasil. Rebaixado no Catarinense, o Tigre terá que buscar seu lugar na elite na Segunda Divisão estadual, que tende a começar em junho, quando a Série B nacional já estiver em andamento.
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> O adeus do Criciúma na Copa do Brasil: 3 a 0, mas de cabeça erguida
Hoje, 79% de chances de classificar
Mas há muito o que acontecer até lá. A começar que o Criciúma tem, ainda, seis rodadas pela frente na primeira fase da atual Série C. Nesta etapa, é necessário ficar entre os quatro melhores para avançar. O Criciúma está em segundo, com a mesma pontuação do líder Ypiranga, 23 pontos. Conforme o portal de estatísticas Chance de Gol, o Tigre tem hoje 79% de chances de classificação, e com 30 pontos estará com 90% da vaga assegurada. Para chegar nessa pontuação, que é justamente a meta estipulada ainda no turno no clube, são necessárias duas vitórias e um empate em seis partidas. Algo plenamente possível de ser alcançado.
E o que aconteceu sexta foi muito importante nesse objetivo. O Criciúma voltou a ganhar fora de casa depois de muito tempo. A última vitória fora do Heriberto Hülse, antes do 1 a 0 sobre o Ypiranga em Erechim neste dia 13, havia sido em 30 de julho do ano passado, 1 a 0 contra o Marcílio Dias, em Itajaí, pelo Catarinense. Foram 379 dias, 23 jogos de jejum, com 11 empates e 12 derrotas na terrível série.

> Criciúma em casa: 100%; fora de casa: 13%
Por competição nacional, a dureza era ainda maior. Em 29 de novembro de 2019, justamente no dia em que, já rebaixado, despediu-se da Série B, o Criciúma derrotou o Oeste por 2 a 1 em Barueri. De lá até sexta, em Erechim, foram 623 dias, com 18 jogos, 8 empates e 10 derrotas.
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Muito pé no chão no Tigre
Mas os pés estão mais do que no chão em Criciúma. – Muito pé no chão. Essa fase é muito difícil, temos adversários muito fortes – adverte o técnico Paulo Baier. Mas ele tem, também, uma firme aposta no fator local, que tem feito uma diferença extraordinária para o Criciúma.
Acontece que, jogando em seus domínios, o Tigre tem uma marca imbatível até agora no atual Campeonato Brasileiro. Levando-se em conta as três divisões, somando aí as séries A e B, o Criciúma é a melhor campanha do Brasil em casa atualmente, com seis vitórias em seis jogos. É o único 100%. Existem outros invictos, mas 100% em casa entre 60 times, só o Criciúma.
E será em casa que o Tigre voltará a campo na próxima rodada da Série C. Domingo que vem (22), o adversário será o lanterna Oeste no Heriberto Hülse. Depois, faltarão as partidas contra Novorizontino e Paraná (fora), Botafogo e Mirassol (em casa) e Figueirense (fora) para fechar a primeira fase. Se tudo der certo, daí vem um quadrangular do qual os dois primeiros subirão. Por isso, são 12 jogos até o grande objetivo.
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