Que tal ganhar um porco de 30, outro de 25 ou outro de 20 quilos? Ou um kit com pato, salame e queijo? Ou então um aquário com peixe e um salame. Ou ainda uma tilápia, e não é qualquer tilápia, ela tem dois quilos. A “Rifa da Fazendinha”, da Escola Municipal do Bairro Bortolotto, em Nova Veneza, superou as expectativas. Já são mais de 15 mil bilhetes vendidos.
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– Já vendemos números da rifa para todos os estados do Brasil – comemora a diretora Jussara Sávio. A equipe dela na secretaria atende pedidos o tempo inteiro desde a noite de terça-feira (31) quando a lista de prêmios foi assunto na sessão da Câmara de Vereadores. – Temos números da rifa no Rio Grande do Sul, no Paraná, em São Paulo e Rio, em Minas, Pernambuco e até no Acre – pontua.
E o kit com galo, galinha, salame e torresmo pode ir parar até no Exterior. – Vendemos bilhetes para Portugal, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália, Áustria e até para a Austrália – relata Jussara. É que tem muita gente de Nova Veneza que mora nesses lugares. – Sim, tem gente do nosso município que mora no Exterior, e eles também foram alunos da escola, e sabem as necessidades da escola – afirma.
Em Goiás tem uma cidade também chamada de Nova Veneza. E o prefeito de lá comprou R$ 500 em bilhetes da rifa. E nesse embalo, da repercussão da rifa, a diretora observa que a escola está atenta às normas sanitárias. Afinal, a rifa seria por aqui, ficaria restrita a Criciúma e região, e não teria problemas de deslocar os produtos da rifa. Mas e agora?
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– Se o ganhador não for do nosso estado vamos seguir a legislação da Cidasc, vamos oferecer o produto. Tem o salame, vamos trabalhar com os produtos da agricultura familiar, queijo, torresmo, galinha, galo, tudo dentro da legislação da Cidasc. A gente não imaginava que tomaria essa proporção, tudo dentro das normas sanitárias – responde a diretora da escola.
– Estamos disponibilizando pix, e as pessoas podem fazer a transferência bancária, a gente pega o número da pessoa no Whatsapp e mandamos o número que a pessoa comprou – informa Jussara. – Quem comprar uma rifa inteira a gente faz a dedicatória e manda para a pessoa – diz.
A expectativa na Escola Bortolotto era arrecadar em torno de R$ 4 mil, o que foi extrapolado, com os R$ 30 mil já garantidos. – Temos pouco mais de 400 alunos, pela pandemia reduziu a arrecadação nas nossas rifas. Mas antes da pandemia a gente arrecadava de R$ 7 mil a R$ 9 mil. Agora vai dar bem mais – confirma a diretora.
Houve quem interpretasse a leitura na Câmara com as gargalhadas dos vereadores com algum sinal de desrespeito à iniciativa da escola. Mas que nada, a repercussão não poderia ter sido melhor entre as professoras. – Uma das pessoas que estava lá é nossa professora e outra deu a ideia de fazer a fazendinha. Todos compraram a rifa, e não tinham olhado os prêmios. Não acho que a escola foi desrespeitada, eles nos ajudaram na divulgação – sublinha Jussara.
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A equipe da escola já está pensando o que fazer com os valores. A intenção inicial era promover uma festa para as crianças da comunidade escolar. – Em outros tempos, a gente fechava a rua, contratava brinquedos para as crianças brincarem na rua. E tinha as comidas, agora vamos ter que pensar algo melhor. Ontem foi um dia muito inusitado, a gente não parou ainda para pensar. Mas queremos fazer a diferença – comenta.
As vendas continuam. O sorteio está marcado para o próximo dia 20, e será transmitido por uma live que será promovida pela escola nas redes sociais.
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