Em 1992, a inédita Taça Libertadores da América. Em 2002, título da Série B e o acesso à Série A. Dose repetida em 2012, com o vice-campeonato da Segunda Divisão. E em 2022? – Estão deixando a gente sonhar – reconhece o técnico Cláudio Tencati, depois da façanha da noite deste sábado (15). Em uma das melhores atuações da temporada, o Criciúma venceu o Ituano por 3 a 0 e segue firme na luta por um lugar na elite do futebol brasileiro em 2023.
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Trata-se de um solitário pender positivo na triste balança do futebol de Santa Catarina nesta temporada. Senão vejamos; o Avaí tem 99% de risco de rebaixamento na elite. Na Série B, a Chapecoense namora com o descenso e o Brusque, vice-lanterna, pode cair já na próxima rodada. Na Série C, o Figueirense bateu na trave e vai para mais uma temporada na Terceira Divisão nacional. Na Série D, os catarinenses Marcílio Dias, Juventus e Próspera sequer passaram da primeira fase, sendo os três últimos colocados da chave.
E trata-se de um desfecho interessante para a mais grave crise técnica da história do Criciúma. Afinal, em abril de 2021 o clube conseguiu a façanha de ser rebaixado no Campeonato Catarinense. Sob essa humilhação, foi para a Série C nacional sem muita ambição. Foi crescendo no decorrer da campanha e, há quase um ano, no começo de novembro, garantiu o retorno à Série B em uma arrancada impulsionada pela chegada do técnico Cláudio Tencati.
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Esse 2022 começou difícil. Sem calendário, à espera da Segunda Divisão estadual, o Criciúma penou. Demorou a esquentar, o que foi conseguir de fato quando se livrou do incômodo local. Garantiu o título do Catarinense B e, desde então, só evoluiu no Brasileiro. – O bom do Estadual foi que deu ritmo ao nosso time – lembrou Tencati. De fato, nas 11 últimas partidas no Brasileiro, foram 6 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota.
Bem sucedido dentro de campo, o Criciúma pulsa disparado como o melhor estruturado dos catarinenses fora das quatro linhas. Sem dívidas, com dinheiro em caixa e condições para investimentos, o Tigre já se candidata ao favoritismo na elite do Catarinense em 2023, o que seria uma façanha inédita se a taça que não vem desde 2013 se tornar realidade. Afinal, nunca um campeão da B de um ano ganhou a A no ano seguinte.
De novo, o sonho da Série A
Mas antes de 2023, existe uma jornada empolgante pela frente. Afinal, o Criciúma ainda alimenta chances de subir para a Série A nacional. Fará três decisões, e começa em alto estilo: no sábado que vem (22) visitará o Vasco no Rio de Janeiro. – Os nossos jogadores querem muito esse acesso – sublinhou Tencati. Tanto é verdade que, no fim do jogo deste sábado, foram o goleiro Gustavo e o atacante Lohan que organizaram, ainda do campo, o grito de “vamos subir, Tigre” que contaminou os 8,7 mil torcedores nas arquibancadas. – Se eu chegar e disser para os jogadores que um empate contra o Vasco estará bom, eu apanho deles. Eles querem muito ganhar e buscar esse acesso – afirmou o técnico do Criciúma.
Depois de enfrentar o Vasco, o Tigre terá pela frente a Ponte Preta, em Campinas, e o Tombense, no fechamento da temporada no Heriberto Hülse. Seja como for, a reconstrução veio em alto e bom som para o Criciúma, com seus 16 mil sócios e média de 11 mil torcedores por partida em casa. O que vier de agora em diante, é lucro.
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