Cria dos projetos da Fundação Municipal de Esportes (FME) de Criciúma, a mesatenista Bruna Costa Alexandre, 26 anos, conquistou a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Foi na manhã desta segunda-feira (30) que ela disputou a decisão do ouro, perdendo por 3 sets a 1 para Yang Qian, da Austrália.

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Bruninha começou bem a final da classe S10, dominando o primeiro set, mas depois acabou sofrendo a virada, por 13 a 11. No segundo set, a criciumense dominou, aplicando 11 a 6. No terceiro, a australiana levou a melhor, 11 a 7. No quarto e decisivo set, a adversária confirmou o ouro, marcando 11 a 9.

Essa é a terceira medalha paralímpica de Bruna, que já havia conquistado dois bronzes no Rio de Janeiro, em 2016. Na ocasião, a mesatenista fez história, sendo a primeira mulher a conquistar medalha na modalidade para o Brasil.

O técnico de Bruninha também é de Criciúma, e a acompanha nos jogos em Tóquio. O professor Alexandre Ghizi iniciou com a atleta nas categorias de base do tênis de mesa na cidade. Com a orientação dele, Bruna é uma das maiores campeãs do tênis de mesa em Santa Catarina, em todas as principais disputas realizadas no estado.

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Ela começou aos 7 anos

Com Ghizi, Bruna começou no tênis de mesa aos 7 anos. Eles se conheceram em aulas no Bairro Ceará, onde ela e a família residem. – No começo, eu praticava diversos esportes, mas daí me identifiquei com o tênis de mesa e, com o incentivo do professor Alexandre, chegamos onde chegamos – relembrou a atleta, em entrevista antes de viajar para o Japão. 

Bruna não tem um braço, mas se adaptou rapidamente ao tênis de mesa, com rápida visão de jogo e destreza que chamou a atenção desde cedo. – Estou otimista e vivendo um bom momento físico e técnico – anunciava Bruninha, antes dos Jogos. 

Atualmente, a atleta criciumense é vinculada a um clube de São Caetano do Sul (SP), enquanto o seu treinador segue treinando a equipe da FME/Mampituba, em Criciúma. – O Alexandre, meu grande parceiro, me ensinou tudo na base – lembrou Bruna, quando soube, em julho, da convocação dele pelo Comitê Paralímpico Brasileiro para acompanha-la na Paralimpíada em Tóquio.

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