A prefeitura de Criciúma está estudando a possibilidade de validar a exigência do cartão de vacinação contra a Covid-19 para algumas atividades. – Queremos recomendar essa exigência sim, vamos levar essa ideia para comerciantes e empresários – confirma o secretário municipal de Saúde, Acélio Casagrande.

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O tema estará na pauta de uma reunião nesta sexta-feira (8) entre o secretário, dirigentes da CDL e da Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e outras lideranças. – Levamos a ideia ao prefeito também. Pensamos que essa exigência possa ser feita por comerciantes e empresários junto aos seus colaboradores e aos que querem entrar no mercado de trabalho – detalha o secretário.

A intenção, conforme Casagrande, é advertir as pessoas sobre a importância da vacinação. – É preciso algo que coloque medo nas pessoas. O risco não é só para quem não toma a vacina, mas também para quem está próximo – destaca. – Afinal, quem não quer se vacinar coloca a si em risco, mas também aos outros. Se não tivéssemos doses, até entenderíamos, mas tem doses para quem tem mais de 18 anos e a segunda dose, além do reforço – informa.

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Crescimento de casos preocupa

O secretário de Saúde adverte para um crescimento no número de casos de Covid-19 nos últimos dias em Criciúma. – É uma sinalização leve ainda, mas que preocupa. Por isso, insistimos nas segundas doses da vacina e também no reforço com a terceira dose – observa.

Casagrande aponta o número de internações como razão para a sua preocupação. – Tivemos uma elevação dessas internações. Começamos a semana com 9 pacientes internados e fechamos o dia com 29. Teve um crescimento de internações e também os casos ativos. Chegamos a ter 90 em um pico recente – pontua.

Dos 29 pacientes internados em Criciúma, 6 são confirmados para Covid-19 que encontram-se em leitos de UTI, 1 criciumense e 5 de outras cidades. Há, ainda, 8 internados com Covid em leitos clínicos, 4 de Criciúma e 4 de outras origens. 

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A preocupação com as vacinas

Criciúma alcançou a marca de 273.462 doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas. São 159.631 de primeira dose, 102.084 de segunda dose, 7.207 de dose única e 4.540 de reforço. – Mas ainda tem muita gente que passou do prazo e não voltou para a segunda dose – comenta o secretário, preocupado. – Há, também, um número expressivo dos que não tomaram nem a primeira dose, que não querem mesmo – lamenta.

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Embora os anúncios de ida dos que se negam a tomar a vacina para o fim da fila, Casagrande salienta que o esforço para ampliar a imunização continua. – Temos feito um esforço para não tirar ninguém da fila, não jogar ninguém para o fim da fila. Mesmo após os 10 dias de prazo vencido estamos vacinando com a primeira ou a segunda dose – esclarece. – Importante que as pessoas tenham a consciência que só a primeira dose não dá a proteção que deveria dar – completa.

A cidade já contabilizou 655 óbitos de pacientes com Covid-19. – O mais recente foi de uma pessoa que não tomou a vacina – recorda o secretário. Essa vítima foi um homem de 52 anos que faleceu na última terça-feira (5).

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