O Criciúma já estava rebaixado à Série C. Se despedia da Série B naquele distante 29 de novembro de 2019. E ganhou do Oeste por 2 a 1 na Arena Barueri, em Barueri, São Paulo. Foi a última vez que o Tigre venceu um jogo fora de Criciúma por Campeonato Brasileiro. De lá para cá, já são 14 partidas sem ganhar de ninguém longe de casa no Brasileirão.

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A mais recente para a fila foi na tarde desta quarta-feira (4). A derrota por 3 a 0 para o Ituano, no estádio Novelli Júnior em Itu, foi indigesta. Pelo placar e pelas circunstâncias. O time jogou pouco, exagerou nas falhas e volta da mini-excursão ao Rio de Janeiro e São Paulo com dois resultado negativos, nenhum gol marcado e 6 sofridos.

– A responsabilidade é totalmente minha – assume o técnico Paulo Baier. – O que vem nos atrapalhando é tomar gol muito cedo – pontua. De fato, o Tigre tomou o primeiro nos 3 a 0 para o Fluminense (sábado, pela Copa do Brasil) aos 3 minutos, e o primeiro dos 3 sofridos nesta quarta em Itu aos 7 minutos. – A gente alerta – garante, sem esconder o desconforto com as falhas.

– A gente já errou contra o Fluminense, erramos de novo – insiste o técnico. A campanha até aqui no Campeonato Brasileiro mostra essa verdadeira gangorra do Criciúma. Nos 5 jogos em casa, ganhou todos. O Tigre é 100% no Heriberto Hülse. Mas fora dele, em 5 partidas empatou 2 e perdeu 3: 13% de aproveitamento. 

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Criciúma segue sem ganhar fora de casa
Criciúma segue sem ganhar fora de casa (Foto: Celso da Luz / Criciúma EC)

Criciúma deve mudar forma de jogar

Com tudo isso, Baier admite que poderá mudar a forma de o Criciúma jogar longe do Heriberto Hülse. – O Criciúma não consegue jogar da mesma maneira que joga em casa, temos que rever outro esquema fora de casa – destaca. – Fora de casa a gente tem que avaliar com três volantes, ou três zagueiros – adianta.

Para Baier, é hora de “dar um passo atrás e rever conceitos”. – Em casa somos fortes, temos confiança – acredita. E a recuperação passa por Criciúma mesmo, onde o Tigre voltará a jogar na próxima segunda-feira (9), às 20 horas, contra o São José de Porto Alegre. A vitória é mais que fundamental, já que a vaga no G-4, que o Criciúma tem desde a primeira rodada no Grupo B da Série C, começa a ficar sob risco.

Ao vencer o Criciúma, o Ituano passou à frente. Assumiu o terceiro lugar com 19 pontos, atrás do vice-líder Novorizontino somente no saldo de gols. O líder Ypiranga tem 20. O Tigre estacionou nos 17, e é perseguido de perto por Botafogo de Ribeirão Preto (16 pontos), Mirassol e Figueirense (13) e São José (11 pontos).

Paulo Baier reconhece erros e projeta mudanças para próximas partidas fora
Paulo Baier reconhece erros e projeta mudanças para próximas partidas fora (Foto: Celso da Luz / Criciúma EC)

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– Alguns jogadores estão sentindo muito o desgaste – conta Baier. Tanto que alguns foram poupados nesta quarta em Itu. O psicológico parece ter pesado também, já que o Criciúma sofre duas baixas para o próximo compromisso: o goleiro Gustavo, por se envolver em uma briga quando o jogo já estava definido e acabou expulso, e o lateral Hélder, que tomou o terceiro cartão amarelo ao cometer o pênalti que deu origem ao terceiro gol do time paulista.

O técnico acredita que o caráter decisivo da partida de segunda servirá para motivar mais o Criciúma. – Parece que nossos jogadores com decisão eles concentram mais – observa. – Não é hora de achar culpados, tem que dar sequência no trabalho – finaliza.

Se por Campeonato Brasileiro o jejum já é de 615 dias (14 jogos, 6 empates e 8 derrotas), a ausência de vitórias por qualquer competição longe do Heriberto Hülse alcança 371 dias. A última vez foi em 30 de julho do ano passado, pelo Campeonato Catarinense, 1 a 0 sobre o Marcílio Dias em Itajaí. De lá para cá, são 23 jogos, com 11 empates e 12 derrotas.

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