Viúva havia uma semana, Maria Aparecida Manique Barreto Longaretti faleceu no fim da tarde desta quinta-feira, 3, em Criciúma. Aos 83 anos, ela foi a vítima de número 509 da Covid-19 na cidade. Ela partiu apenas uma semana depois do seu marido, Santos Longaretti, 89. Ele, ex-presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), também morreu por conta da contaminação pelo coronavírus.

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Com o óbito da dona Maria Aparecida, Criciúma alcançou mais uma triste estatística: esta quinta, dia de Corpus Christi, foi a data com mais óbitos na pandemia na cidade, desde o primeiro registrado, em 31 de março do ano passado. Foram nove mortes registradas nas 24 horas. Antes, o recorde era de oito óbitos nos dias 3 e 22 de abril.

De cada três positivados para Covid no sul, um está em Criciúma

Os dias com mais óbitos
9 mortes – 3/6
8 mortes – 22/4 e 3/4
7 mortes – 20/12
6 mortes – 1/5, 25/4, 30/3, 13/3, 23/12 e 21/12
5 mortes – 11/5, 2/5, 24/3, 23/3, 22/3, 19/12 e 23/8

A situação hoje: 61 pacientes na UTI

Criciúma está, conforme dados da Vigilância em Saúde do fim da tarde desta quinta, com 59 pacientes internados em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) confirmados para Covid-19, além de outros 124 positivados sob cuidados em leitos clínicos. Entre os suspeitos para Covid-19, há dois internados em UTI e 14 em leitos clínicos.

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A cidade contabiliza 792 casos ativos, 32.812 confirmados com Covid desde o início da pandemia e 31.511 recuperados. Já foram aplicadas 70.888 vacinas em Criciúma, 49.869 de primeira dose e 21.019 de segunda dose. Ou seja, cerca de 10% dos criciumenses já cumpriram as duas etapas da imunização contra o coronavírus.

Vítimas: mais homens e com comorbidades

Criciúma tem mais óbitos entre os homens. Foram 289 (56% das vítimas) entre os que morreram por Covid na cidade, ante 220 mulheres (44%). Sem levar em conta os dados desta quinta, em um universo de 500 mortes até quarta-feira (2), 65% das baixas por Covid foram de pacientes com comorbidades (329 vítimas), diante de 35% (171 pacientes) sem comorbidades.

A dona Maria Longaretti foi a décima vítima de 83 anos entre os 509 mortos pela Covid em Criciúma. Pacientes de 63 e 72 anos foram os que mais morreram por coronavírus na cidade, 17 de cada idade. Foram 16 vítimas com 73 anos e 15 falecidos por coronavírus com 74 anos. 

Por faixas etárias, 133 mortes ocorreram entre pacientes de 70 a 79 anos em Criciúma. O correspondente a 26% do total. A segunda faixa mais atingida é a dos 60 aos 69 anos, com 124 óbitos, ou 24%.

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Covid: mortes por faixas etárias em Criciúma
0 a 4 anos – 3 óbitos
5 a 9 anos – 1
10 a 19 anos – 1
20 a 29 anos – 8
30 a 39 anos – 19
40 a 49 anos – 50
50 a 59 anos – 74
60 a 69 anos – 124
70 a 79 anos – 133
80 ou mais – 96

Em cinco meses de 2021, Criciúma mais que duplicou o número de vítimas. Se de março a dezembro de 2020 foram 219 vidas perdidas para o coronavírus, neste ano, a partir de janeiro, já foram 290 óbitos.

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Dezembro de 2020 foi o mês de maior letalidade em Criciúma, com 85 mortes. Em abril de 2021, foram 79, e em março, 78. No mês de maio, encerrado no começo da semana, a cidade contabilizou 69 mortos na pandemia.

Os óbitos por mês em Criciúma
Dezembro de 2020 – 85 mortes
Abril de 2021 – 79 mortes
Março de 2021 – 78 mortes
Maio de 2021 – 69 mortes
Agosto de 2020 – 37 mortes
Janeiro de 2021 – 34 mortes
Setembro de 2020 – 29 mortes
Novembro de 2020 – 24 mortes
Fevereiro de 2021 – 19 mortes
Outubro de 2020 – 13 mortes
Junho de 2021 – 11 mortes
Maio de 2020 – 5 mortes
Junho de 2020 – 3 mortes
Abril de 2020 – 3 mortes
Março de 2020 – 1 morte

Em abril, 28 dias seguidos com óbitos

Na análise das mortes por dia em Criciúma, abril ofereceu um cenário bastante preocupante. Houve óbitos entre os dias 2 e 29, estabelecendo uma sequência até então recorde na cidade, de 28 dias consecutivos com óbitos. Nesse espaço, foram 79 vidas perdidas. 

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Mulher morta há 3 anos aparece na lista de vacinados contra a Covid-19

A segunda maior sequência se deu entre os dias 22 de novembro e 13 de dezembro, com 22 dias consecutivos com mortes e uma soma de 53 óbitos no período. Em maio, foram 21 dias seguidos com registros de falecimentos por Covid.

As sequências de dias com registros de óbitos
2 de abril a 29 de abril – 28 dias, 79 mortes
22 de novembro a 13 de dezembro – 22 dias, 52 mortes
8 de maio a 28 de maio – 21 dias, 48 mortes
15 de março a 28 de março – 14 dias, 41 mortes
2 de março a 13 de março – 12 dias, 28 mortes
19 de janeiro a 27 de janeiro – 9 dias, 10 mortes
28 de dezembro a 3 de janeiro – 7 dias, 18 mortes