Em maio, populares organizaram um movimento para, munidos de pás e picaretas, promover o desassoreamento da Barra do Camacho, que liga a Lagoa do Camacho ao Oceano Atlântico entre Jaguaruna e Laguna, no Sul de Santa Catarina. Com o assoreamento da barra, mortandade de peixes e dessalinização da lagoa estavam ocorrendo, com grave impacto ambiental e econômico na região.
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Diante do problema, o prefeito de Jaguaruna, Laerte Silva (PSC), foi até o governador Carlos Moisés e, em audiência no dia 15 de maio, obteve a garantia do repasse de R$ 10 milhões para desassorear a barra e promover os investimentos necessários para resolver o problema. – Via convênio, vamos fazer esse investimento. São mais de 1,5 mil famílias que ali vivem da pesca e estão impactadas – comentava, na ocasião, o governador.
Quase cinco meses se passaram e o problema não foi resolvido. – Estamos na fase de licitação do serviço – explica o prefeito. – São 14 empresas que estão sendo habilitadas para realizar a atividade. Estamos na fase final da habilitação, em breve esperamos poder abrir os envelopes – aponta Laerte. Ainda não há data para iniciar as obras, mas a expectativa é que seja possível ainda em outubro.

Enquanto isso, houve um paliativo promovido pela prefeitura. – Havia uma bancada de areia na boca da lagoa e também na barra ali existente. Fizemos uma remoção entre abril e maio, tiramos 45 mil m³ e conseguimos deixar a barra aberta até agosto. Isso garantiu a entrada da larva do camarão na lagoa e também salinizou a lagoa de novo. Com isso, a safra do ano que vem está garantida – aponta o prefeito, tranquilizando os pescadores da região.
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Mas, nesse meio tempo, a Barra do Camacho voltou a assorear. – É, de agosto para cá ela assoreou de novo, o material que estava na boca da lagoa veio para a boca da barra, o que confirma a necessidade desse investimento – observa Laerte.

O serviço que o Estado está contratando junto à prefeitura prevê a remoção de 180 mil m³ de areia e construção de 750 metros de molhes no lado norte da barra, além de recuperação de 50 metros dos molhes já existentes.
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