Nos últimos três meses, esse é pelo menos o terceiro episódio de vandalismo que chama a atenção em Criciúma. A Casa do Papai Noel, inaugurada durante a abertura oficial do “Natal 2021: um presente para Criciúma”, na noite de sexta-feira (26), amanheceu pichada neste sábado (27), na Praça do Congresso, no Centro. Ao longo do dia, a prefeitura trabalhou na limpeza e recuperação do espaço.
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– Pensei que a cidade ia estar mais calma depois da festa de sexta, mas picharam a Casa do Papai Noel, que fizemos com tanto carinho – lamentou o diretor da Defesa Civil local, Fred Gomes, que foi quem fez o flagrante do ato dos vândalos.
Para o diretor, não há relação com qualquer tipo de protesto. – O que adianta? A gente trabalha, faz com amor e carinho, o município se empenha, não tivemos Natal ano passado pela pandemia, e vem gente aí fazer baderna. Isso não é protesto, é baderna – definiu. – Vamos gastar mais dinheiro público para limpar e deixar bonito para todos – completou.
A festa de sexta-feira reuniu milhares de pessoas, que assistiram uma apresentação da Camerata Florianópolis que marcou a chegada do Papai Noel. De pronto, a casa, localizada na mesma praça onde ocorreu o evento, foi aberta. A prefeitura tirou proveito de um imóvel que já abrigou estabelecimentos comerciais no passado e encontrava-se sem uso nos últimos tempos. A noite foi marcada, ainda, pela interdição de uma arquibancada que cedeu parcialmente com cerca de 100 pessoas. Não houve feridos.
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– Toda a estrutura foi pichada, das paredes até os vidros – detalhou Fred Gomes – Vamos acompanhar esse caso junto aos órgãos competentes e buscar identificar os envolvidos – informou Fred.
O presidente da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Zalmir Casagrande, também lamentou. – Toda a nossa programação de Natal foi muito bem pensada, com carinho, para acolher o público. Lamentamos que o cuidado com o próximo seja deixado de lado em atos como esse. Esperamos que o espirito de Natal toque essas pessoas também – destacou.
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Teve protesto na sexta
O diretor da Defesa Civil lembrou que houve uma manifestação durante o evento de sexta-feira. Alguns populares e ativistas de movimentos ambientais de Criciúma estenderam uma faixa e vaiaram o prefeito Clésio Salvaro (PSDB), enquanto ele discursava. A faixa sinalizava para o movimento “Salve o Morro do Céu”, que é uma pauta ambiental local a favor da manutenção de um parque que está sendo extinto pelo prefeito.
– Houve aquele protesto durante a cerimônia, e é importante reforçar que, apesar de se tratar de um evento para a família e a interrupção ter causado certa inconvêniência, trata-se de um direito, que não deve ser cerceado – comentou. Ele não fez, porém, uma relação entre o protesto contra o prefeito na sexta e a pichação da Casa do Papai Noel horas depois.
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O diretor ponderou que atos como a pichação contra a casa não devem ser tolerados. – Esse sim foi um crime, que prejudica o patrimônio público e, por consequência, é um prejuízo ao cidadão – emendou.
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Outros casos recentes
Há exatos três meses, no fim de agosto, alguns casos de pichações foram verificados na área central, na repercussão daquela polêmica levantada pelo prefeito que demitiu um professor da rede municipal por ter exibido um clipe considerado “inadequado” por Clésio Salvaro em sala de aula.
Após a fala e o ato do prefeito, apareceram pichações na mesma Praça do Congresso e em duas igrejas no Centro, uma católica e outra evangélica.
Há duas semanas, a iluminação de Natal sofreu ataques também na área central, com cortes de fios e desligamentos do sistema que foi montado pelo município em parceria com a CDL para movimentar o período na cidade.
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Em Turvo, cidade próxima a Criciúma, também no Sul catarinense, vândalos atacaram a decoração de Natal há poucos dias. Uma imagem do Papai Noel e outros quatro personagens foram raptados e o bom velhinho amanheceu boiando em um rio da cidade.
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