Nem no PP, nem no MDB. Na busca pela reeleição em outubro próximo, o governador Carlos Moisés não deverá ser representando nem pelo 11, nem pelo 15. Foi o que indicou o próprio, em passagem pelo Sul catarinense na última sexta-feira (15). Ao participar de uma reunião na CDL de Tubarão, Moisés deixou claro, sem mencionar qual rumo, que deverá optar por um partido de menor porte.
Continua depois da publicidade
> Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp
– Temos convites sim – confirmou, ao ser indagado sobre uma possível filiação ao PP ou ao MDB. Há assédios claros das duas partes. Os progressistas falam claramente a respeito. Mas há um fator importante: uma eventual filiação de Jair Bolsonaro à sigla impediria os planos de Moisés. Afinal, isso traria um indicativo de migração de bolsonaristas para o partido, o que criaria problemas com Moisés, que se afastou desde cedo em seu mandato da esfera de influência do presidente da República, embora tenha sido eleito na onda 17 em 2018.
Quanto ao MDB, há uma parcela importante do partido que defende, internamente, a filiação de Moisés com garantia de legenda para que ele concorra ao Governo do Estado. Essa fração do governador entre os emedebistas encontra força, principalmente, entre os deputados estaduais, cuja bancada tem sido tão fiel a Moisés que até colocou o seu então líder na Alesc no primeiro escalão do governo, o deputado Luiz Fernando Vampiro, atual secretário de Educação e que pretende disputar uma cadeira na Câmara Federal.
> Adolescente suspeita de matar o pai em SC pediu para ir ao velório
Continua depois da publicidade
– Ficamos honrados com todos os grandes partidos que compõe a base do governo na Alesc. Vários deputados que participam do governo – apontou Moisés. Se o MDB está no colegiado atual, o PP também tem papel importante, com o deputado Altair Silva como secretário de Agricultura e o deputado José Milton Scheffer na liderança do governo.
Mas Carlos Moisés quer evitar as dicotomias inerentes à rivalidade histórica entre progressistas e emedebistas. – O nosso caminho, a vontade do governo é um caminho de mais neutralidade – pontuou. Para bom entendedor, esse caminho seria o de um partido de menor porte. – Esses grandes partidos são importantes, mas ao mesmo tempo há rivalidades, normais, históricas, mas nossa posição é por uma via que não traga conflito, para manter essa coesão por toda a Santa Catarina – reforçou.

> Em visita ao Sul, Amin anuncia candidatura do PP até o fim do ano
O convite do Republicanos
Daí, ganha força o convite ampliado que Carlos Moisés recebeu na semana passada em Brasília, onde se reuniu com o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira. Moisés não mencionou nomes de partidos. Ele já tem convites também do PSC e outras legendas de menor porte. – O nosso Estado é mais importante. A política não está em primeiro lugar. Não queremos raivinha, nós pagamos emendas para deputados de todos os partidos, não há perseguição. Minha posição é tendente a ficar num partido que traga esse conforto – sublinhou.
Continua depois da publicidade
Carlos Moisés quer entrar em 2022 de ficha assinada, para a necessária construção partidária. Afinal, ele tem aliados para acomodar em partidos. Casos de secretários de Estado que almejam candidaturas no ano que vem, como Thiago Vieira (Infraestrutura) e André Motta Ribeiro (Saúde), entre outros.
Leia também:
> Ex-jogador de futebol de 38 anos morre em partida de futevôlei
> Zé Dassilva vence Prêmio Vladimir Herzog com charge de motociatas