Mais um palanque de contraponto ao governador Carlos Moisés (Republicanos). Foi o que o PDT confirmou em convenção na manhã deste sábado (30), na Assembleia Legislativa (Alesc). O empresário e ex-deputado federal Jorge Boeira, 66 anos, foi avalizado pelos pedetistas para disputar o Governo do Estado. A motivação principal da candidatura foi garantida palanque para o presidiável Ciro Gomes (PDT) no estado. Na chapa pura, estarão ainda o ex-deputado Dalmo Claro de Oliveira, de Joinville, para vice-governador, e a vereadora Hilda Deola, que concorrerá ao Senado.
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Boeira tem base política no Sul do Estado. Gaúcho de Vacaria, cedo radicou-se em Araranguá e hoje divide-se também com Criciúma, onde mantém negócios. O pedetista promete honrar compromissos do atual governo se chegar à vitória. – Todos aqueles programas e ações interessantes serão mantidos. Não podemos iniciar um governo e quando termina mudar tudo – apontou.
O rompimento
Era para o PDT estar na Frente Democrática com PT, PSB, PCdoB, PV e Solidariedade. – O nosso presidente Manoel Dias foi um dos grandes incentivadores dessa Frente Democrática, vários partidos da Frente entendiam que caberia ao PDT o espaço do Senado, já que a candidatura a governador caberia ao PT, para que o PDT tivesse espaço para fazer defesa do seu candidato a presidente que é o Ciro Gomes – lembrou Boeira.
– A partir do momento em que houve entendimentos para que o PDT não tivesse mais o espaço ao Senado, sem palanque para o Ciro Gomes, o PDT então resolveu ter uma candidatura própria para levarmos as nossas propostas para o povo catarinense e também as propostas do nosso candidato a presidente – sublinhou. – O presidente Maneca se sentiu preterido diante de todo o esforço, a militância também se sentindo rejeitada fez a opção pela candidatura a governador, cujo nome que vem representar esse sentimento é o meu nome – completou.
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Um deputado econômico
Boeira recorre a indicadores dos mandatos que exerceu em Brasília, entre 2003 e 2018, para defender sua candidatura. – Me sinto muito preparado para disputar o Governo do Estado. Por formação eu sou engenheiro mecânico, por formação sou aquele cidadão que não faz somente gestão, eu busco a transformação, a mudança, a reinvenção, buscando novas e melhores formas de fazer e executar – observou.
– E a minha experiência de quatro mandatos de deputado federal me dá a condição de gestão e de visão do cidadão que conhece os grandes temas nacionais, conheço toda a lógica de gestão de todas as áreas de governo, as relações entre os entes federados, estou preparado para essa tarefa – explicou.

Ele lembrou que, nos seus tempos em Brasília, gastava o mínimo possível da verba pública destinada ao mandato. – Sempre fui um dos deputados federais que menos gastou no Brasil. Eu nunca aluguei um carro com dinheiro público, eu andava de táxi, de carona, a pé em Brasília. A minha alimentação, eu mesmo pagava. Sendo deputado federal ou não, eu teria que comer. Eu gastava o recurso da passagem e para morar em Brasília. É dessa forma, com maturidade e eficiência que estarei gerindo os recursos de Santa Catarina – salientou.
O candidato do PDT pretende, ainda, enaltecer as pautas da educação em sua campanha, dentro de uma das mais importantes bandeiras do PDT. Lembrará do empenho que teve, em seus mandatos, para interiorizar a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pela implantação de um curso de Medicina no campus de Araranguá.
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A busca pela vice na Frente
A coordenação da Frente Democrática tentou até o último momento demover o PDT da candidatura própria. Tanto que o ex-deputado Décio Lima (PT), candidato da aliança a governador, mantinha o discurso de “guardar a vaga de vice para o PDT”. Sem essa possibilidade, recai sobre o PSB a expectativa de indicar a vereadora Marcilei Vignatti, de Chapecó, para compor com Décio mais Dário Berger (PSB) ao Senado.
Um grupo de pessebistas do Sul levou ao comando do partido a indicação de Beatriz Vargas, pré-candidata a deputada federal, para ser o nome do PSB na composição majoritária, para vice-governadora. Beatriz foi candidata a vice-prefeita de Içara em 2018. O ex-deputado Gelson Merísio (Solidariedade) também é lembrado. Ele, porém, tem mostrado intenção de permanecer nos bastidores, na coordenação da campanha.
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PSol e Rede fora
A Frente Democrática deve ver, ainda neste sábado, consumada a perda de mais dois partidos. Nesta tarde, PSol e Rede terão suas convenções que deverão confirmar a candidatura própria do vereador Afrânio Boppré ao Senado e a possibilidade de chapa também para governador e vice.
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