A mesa diretora da Câmara de Criciúma reúne-se na tarde desta segunda-feira (19) para avaliar uma grave denúncia levantada pela vereadora Giovana Mondardo (PCdoB). Em entrevista a uma emissora de rádio na última quinta-feira (15), a parlamentar revelou que foi vítima de “humilhação de todos os níveis” e “assédio sexual” por parte de um colega vereador, cujo nome não foi citado por ela.
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Conforme Giovana, o fato ocorreu entre a eleição de 2020 e a posse. – Me culpo por não ter levado à frente – sublinhou. A vereadora observou que não não denunciou no início do mandato pois “não queria ser carimbada nem tirada como louca logo na chegada”. – Denunciar na chegada seria meu fim político – frisou.
A afirmação da parlamentar ganhou repercussão entre seus colegas na manhã de sexta-feira (16), durante o ato de apresentação do projeto arquitetônico da nova sede de Criciúma. – Eu fui procurada por alguns vereadores que pediram que a colega esclareça o assunto – confirmou a presidente da Câmara, vereadora Roseli de Luca Pizzolo (PSDB). – Somos 17 vereadores, são 14 homens, a maioria casados. Então muitos deles estão pedindo que seja identificada essa pessoa que fez isso – salientou.
Roseli convocou uma reunião da mesa diretora da Câmara para a tarde desta segunda-feira (19). – Vamos discutir o que fazer – informou. Com ela, estarão os vereadores Júlio Kaminski (PP), Salésio Lima (PSD) e Toninho da Imbralit (PSDB). – Na sequência, terei uma conversa com a vereadora Giovana – detalhou.
O vereador Obadias Benones (Avante) protocolou, ainda na sexta-feira, um memorando interno solicitando explicações. – Fomos pegos de surpresa. Entendo que a Câmara deve dar o suporte à vereadora e oferecer o apoio jurídico e o que for necessário – argumentou.
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Pela gravidade do que foi denunciado, Benones entende que a Comissão de Ética da Câmara deverá ser acionada. – Precisamos investigar para saber quem cometeu esse crime. Somos 14 vereadores homens e ficamos numa situação delicada aqui – concluiu.