A Barragem do Rio do Salto é uma luta antiga do Sul de Santa Catarina. São mais de 30 anos que várias cidades da região aguardam com expectativa o empreendimento projetado que garantirá o abastecimento de água de municípios que sofrem nas estiagens. E a notícia é positiva.
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A Casan e o Instituto de Meio Ambiente (IMA) tomaram parte de uma audiência pública virtual na noite desta quinta-feira (15), na qual foi apresentado o Relatório de Impacto Ambiental da barragem, prevista para ser construída na localidade de Areia Branca, em Timbé do Sul.
– E o resultado foi positivo. O relatório apontou que o impacto é mínimo e que o espaço escolhido se presta plenamente para uma barragem em condições de atender plenamente a região – aponta o deputado estadual José Milton Scheffer (PP), que participou da reunião. Houve a concessão de uma licença ambiental para a obra em 2008, mas ela acabou cancelada por falta de estudos.
Dúvidas de moradores, principalmente referentes a desapropriações, foram respondidas. – Já foram pagos mais de R$ 30 milhões em desapropriações, cerca de 80% do montante total, esses 20% são demandas judiciais que, com o destravamento da obra, poderão ser resolvidas – observa o parlamentar.
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A Casan reforça a disposição de buscar o investimento, mantendo a nova barragem em seu Planejamento Hídrico estadual. Há seis anos, o projeto estava orçado em R$ 90 milhões a R$ 100 milhões. Agora, na atualização, deve sofrer um salto volumoso, o que vai exigir uma destinação maior de recursos. – É, imaginamos que vá ficar algo em torno de R$ 180 milhões esse investimento, mas estamos otimistas. Não há ainda uma garantia orçamentária, mas existe a disposição da Casan de arcar com parte desse investimento e buscarmos o resto com emendas de deputados e com o Governo Federal – comenta Scheffer.
De posse do RIMA, o IMA dá sequência ao processo de licenciamento pleno. – Com essa audiência, o IMA prossegue as avaliações com o compromisso de dar celeridade a esta etapa do licenciamento ambiental – destaca o presidente do instituto, Daniel Netto. Ele frisa que há a orientação do governador Carlos Moisés no sentido de executar a obra.
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A importância da barragem
A Barragem do Rio do Salto atenderá Timbé do Sul, Turvo, Morro Grande, Meleiro, Ermo e Araranguá em um primeiro momento. – O Estado e a Casan estão cientes da importância dessa barragem para o extremo Sul. Nosso compromisso é tirar essa obra do papel – salienta a presidente da Casan, Roberta dos Anjos.

Essas cidades que serão contempladas sofrem com escassez de água em especial nos períodos de estiagem. Há, também, dificuldades para atração de investimentos por conta da insegurança hídrica. – Tem uma região de Araranguá, por exemplo, que tem dificuldades de fixar novas empresas por falta de garantia de água. Com essa barragem, vamos resolver esse problema – garante o deputado Scheffer.
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– É uma obra de grande importância tanto para a economia como para o abastecimento da população, principalmente nos períodos de estiagem como a que tivemos há alguns meses, quando o Rio Amola Faca praticamente não tinha mais água – completa o prefeito de Timbé do Sul, Roberto Biava.

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Próximos passos
A próxima etapa será o repasse de orientações do IMA à Casan para atualizar orçamentos e começar a preparar a licitação das obras. – Tão logo o projeto esteja concluído, vamos ao Fórum Parlamentar Catarinense e em Brasília buscar apoio para finalizar essa questão – completa o deputado.
Um dos trunfos da nova barragem será a qualidade da água. São mananciais puros, que descem das encostas da Serra Geral em direção ao extremo sul catarinense. O projeto visa regularizar a vazão do Rio do Salto para aproveitar a água reservada em abastecimento e irrigação das lavouras, outra demanda importante da região, que é forte na rizicultura.
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