Quem transita pela BR-101 no trecho sul catarinense tem percebido, nos últimos dias, uma movimentação diferente. Equipes da CCR Via Costeira, a concessionária que explora os pedágios na rodovia desde maio, estão trabalhando na montagem de equipamentos nas margens da estrada. Tratam-se dos novos radares que vão fiscalizar os limites de velocidade, de 110km/h para veículos leves e 90km/h para os pesados.
Continua depois da publicidade
> Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp
– Temos um cronograma de instalação de equipamentos, previsto no contrato de concessão – confirma o gerente de Atendimento da CCR Via Costeira, Diogo Steibler. A previsão é que até dezembro os radares estejam montados, testados e em condições de operar.
Em algumas semanas a CCR deve anunciar a data efetiva do começo da fiscalização e também os pontos onde estarão localizados os radares. – Alguns desses pontos são determinados pelo volume de acidentes, em locais onde já havia esses equipamentos, mas ainda não temos um número fechado. Em pouco tempo teremos tudo isso – explica.
Em 2019 veio à tona um estudo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) apontando 202 pontos para instalação de radares em rodovias federais de Santa Catarina, 57 em toda a extensão da BR-101, incluindo o trecho norte.
Continua depois da publicidade
O gerente lembra que a fiscalização efetiva cabe à Polícia Rodoviária Federal (PRF) mas que a instalação dos radares faz parte de um pacote tecnológico relacionado ao programa de concessões. – Estamos instalando as câmeras que nos permitirão acompanhar, em tempo real, o fluxo em toda a rodovia. Isso será muito útil para agilizar socorros e orientar motoristas – pontua. – E teremos, além dos monitores de tráfego, os painéis de mensagens para os condutores, tudo isso para reforçar a segurança aos usuários da rodovia – completa Steibler.
Mais de 200 acidentes em um mês
A CCR monitora constantemente o volume de acidentes no trecho concedido. Em junho, a BR-101 Sul registrou 224 acidentes, com 90 feridos e 5 mortes. A extensão mais perigosa fica entre os quilômetros 323 e 338, com 36 acidentes, 16 feridos e 1 óbito.
O ponto com mais acidentes no mês apurado é o quilômetro 331, com 6 ocorrências e 2 feridos. O maior número de feridos ocorreu no quilômetro 350, 7 casos em 3 acidentes e com 1 óbito.

As mortes no trecho concedido foram registradas, em junho, nos quilômetros 257, 272, 281, 338 e 350.
Continua depois da publicidade
O fluxo e o valor do pedágio
A concessão do trecho Sul, que compreende 220 quilômetros entre Paulo Lopes e São João do Sul, começou em agosto de 2020 (está por completar um ano da assinatura do contrato) mas a cobrança dos pedágios só iniciou em 2 de maio.
Nos dois primeiros meses de operações, pouco mais de 6 milhões de veículos passaram pelas quatro praças de pedágio, localizadas em Laguna, Tubarão, Araranguá e São João do Sul. As tarifas são de R$ 2,10 para veículos leves, R$ 2,10 por eixo para veículos comerciais e R$ 1,05 para motocicletas.
Conforme o contrato, os valores do pedágio no trecho da CCR Via Costeira poderão sofrer reajustes anuais, sempre na data-base de início do serviço. Ou seja, em maio do ano que vem é possível que já haja a primeira correção. – Os reajustes são previstos em contrato, anuais e vinculados ao IPCA, sempre no aniversário da operação – confirma o gerente de Atendimento da concessionária.
Leia também:
> SC receberá 394 mil vacinas contra Covid; 132 mil doses chegam hoje
Continua depois da publicidade
> Câmara de Criciúma aprova moção de apoio ao voto auditável
> A conclusão da BR que preocupa prefeitos do Sul de SC
> Pedágio faz tráfego de caminhões multiplicar por 10 em Forquilhinha, no Sul de SC