A Associação Empresarial de Tubarão (ACIT), no Sul de Santa Catarina, está alinhada à campanha de Jair Bolsonaro (PL) à presidência da República. Foi o que ficou claro em nota emitida nesta terça-feira (11). Embora sem a assinatura do presidente Gean Carlo de Bom, o conteúdo foi confirmado como oficial pelo próprio e também por sua assessoria de imprensa.
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A nota chama a atenção por fugir do comedimento normal de entidades do gênero, ainda mais em períodos eleitorais, e já começa com uma contradição: – Entendendo a importância e a responsabilidade política apartidária da classe empresarial, no contexto da sociedade, a ACIT vem a público manifestar sua posição quanto ao segundo turno das eleições presidenciais -.
Na sequência, o documento menciona respeito “pela liberdade para empreender, gerar oportunidades e renda”, além de foco em “valores da família e da ética”, pontuando “preocupação diante de propostas ideológicas que conflitem com tais valores”. Logo após, a nota aponta “caminho de corrupção e prejuízos gerados ao País, na gestão anterior do governo PT”.
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A ACIT frisa “pontos a melhorar” e “desafios sem precedentes… na ruptura de sistemas corruptos” prometendo seguir “juntos nessa construção”. – Por isso, ratificamos nosso apoio à continuidade do atual Governo, pelo crescimento da economia e melhores condições de vida na nossa Nação -.
Confira abaixo a nota na íntegra:

Contactado pela coluna, o presidente da ACIT confirmou o teor da nota e afirmou que, por encontrar-se em viagem de caráter particular, comentará mais a respeito nesta quinta-feira (13), quando estará de volta em Tubarão.

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Em Criciúma, mais cautela
A Associação Empresarial de Criciúma (Acic) está mais cautelosa em suas manifestações até aqui, embora o presidente da entidade esteja dando a entender, também, um apoio não explicitado (nem institucionalizado) a Bolsonaro.
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– Que tenham consciência que o Brasil tem que continuar crescendo, se desenvolvendo, temos que avaliar quem realmente tem condições, o eleitor tem que estar bem consciente em quem estamos votando – afirmou o empresário Valcir Zanette, provocado pela coluna. Em seguida, pontuou a necessidade de o próximo governo priorizar reformas administrativa, tributária e política. – O governo tem que ser enxuto – frisou.
Zanette lembrou, ainda, de um raciocínio que vem sendo bastante pautado na campanha de Bolsonaro. – Para que possamos fazer uma avaliação o que está acontecendo com países vizinhos, sob aspecto social, econômico, qual Brasil queremos? – indagou.

Outra entidade da região, a Associação Empresarial do Vale do Araranguá (ACIVA) não lançou qualquer manifestação pública sobre candidaturas ao segundo turno das eleições à presidência e ao Governo do Estado. No máximo, limitou-se a fomentar ações em prol de candidaturas do extremo Sul catarinense.
– Respeitamos cada entidade, porém a ACIVA continuará sendo apartidária como sempre foi. Temos nossas bandeiras regionais, cobramos aquilo que entendemos ser o melhor para a maioria, como por exemplo reforma tributária, administrativa e outras, mas não vamos apoiar candidato A ou B – afirmou o presidente Alberto Sasso.
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A bancada do Sul
Mais uma preocupação das entidades empresariais do Sul era para que os eleitores conseguissem manter bancadas da região em Florianópolis e Brasília na eleição do dia 2. – Nós estávamos preocupados com a representatividade, tínhamos 8 na Alesc e 3 na Câmara dos Deputados, mantivemos essa quantidade – comemorou o presidente da Acic. A entidade promoveu a campanha Voto pelo Sul, para incentivar o apoio da população às candidaturas regionais.
Para a Alesc, o Sul catarinense viu reeleitos os deputados José Milton Scheffer (PP), Rodrigo Minotto (PDT), Jessé Lopes (PL), Julio Garcia (PSD) e Volnei Weber (MDB), além dos novatos Tiago Zilli (MDB), Pepê Collaço (PP) e Estener Soratto Júnior (PL). Para a Câmara Federal, foram reeleitos Ricardo Guidi (PSD) e Daniel Freitas (PL), mais a estreante Julia Zanatta (PL).
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– Mudou um pouco pois havia mais deputados estaduais de Criciúma, mas como o nosso trabalho é da região Sul, e temos que continuar nessa linha, temos a mesma representatividade. Temos bons nomes eleitos – enalteceu Valcir Zanette. – Por pouco não tivemos mais representantes. Em Brasília poderíamos ter outros eleitos e aqui também – lembrou. Foram os casos dos candidatos a deputado federal Luiz Fernando Vampiro (MDB) e Geovania de Sá (PSDB), que ficaram nas primeiras suplências de seus partidos, além de Acélio Casagrande, primeiro suplente do PSDB à Alesc.
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