Em roteiros que cumpriu pelo sul de Santa Catarina nos últimos dias, a deputada Ana Paula da Silva, a Paulinha, ouviu inúmeras vezes a mesma pergunta: qual seria o seu destino político? Expulsa do PDT há quase um mês, no fim de maio, Paulinha não parece estar com pressa de determinar sua futura sigla.
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– Minha segunda sigla na vida. Fui PDT por 32 anos, e fui expulsa injustamente. Mas o PDT envelheceu – respondeu, inúmeras vezes, a quem a indagava nas agendas nas regiões de Criciúma e Araranguá entre quarta-feira (16) e sábado (19). Paulinha recontou o acontecido como uma injustiça. O PDT alegou infidelidade partidária para expulsar a deputada.
Paulinha elegeu-se em 2018 para o primeiro mandato na Assembleia Legislativa (Alesc) com 51.739 votos, sendo a quinta mais votada e a primeira no PDT, que elegeu dois. Os destinos colocados como prováveis para Paulinha são o MDB e o Podemos, embora ela tenha recebido várias outras sondagens. – Não tenho pressa. Tenho muitos contatos, inúmeros convites, convites inclusive de gente que gosto muito, que quero estar junto, mas preciso amadurecer essa decisão para não me arrepender depois – referiu.
Em Praia Grande, o balão
A deputada fechou a agenda pelo sul realizando um sonho pessoal na manhã deste sábado. Ela voou de balão a região do extremo sul catarinense, aproveitando o potencial turístico que é explorado pela cidade de Praia Grande, onde ela cumpriu a aventura.
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– Nossa Santa Catarina é incrível. Olha o que é essa Praia Grande e esse passeio de balão – exclamou, admirada pelas belezas vistas do céu. – É a nossa Capadócia brasileira – definiu. Praia Grande notabiliza-se pelos cânions de Itaimbezinho, Malacara, Fortaleza e Churriado, e os voos de balão são um dos atrativos para os visitantes.

Em Santa Rosa do Sul, a causa social
Em passagem por Santa Rosa do Sul, também no extremo sul, a deputada Paulinha conheceu detalhes do drama vivido por filhos de vítimas da Covid-19. – A Covid levou muitos idosos, alguns deles pais de pessoas com deficiência, e eram os guardiões desses filhos, que agora estão sem acolhimento – contou a parlamentar.
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A partir dessa constatação, Paulinha soube do projeto de 15 Apaes da região que estão se unindo para a construção de uma residência inclusiva. – Vamos levar adiante esse projeto, são muitos portadores de deficiência abandonados ou até sofrendo agressões, mas precisamos de apoio – relatou, em reunião com a deputada, a diretora da Apae de Santa Rosa do Sul, Andreia Sotério. – Vamos erguer as paredes dessa residência inclusiva, vamos buscar o apoio do governador, de outros deputados e do Governo Federal – anunciou a deputada, que anunciou para breve o projeto no papel para dar andamento à busca dos recursos.
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