– Boa sexta a TODOS! -. Não é por acaso que o vereador Obadias Benones (Avante) postou assim em suas redes sociais na tarde desta sexta-feira (20) a saudação aos seus seguidores junto à notícia da sanção, pelo prefeito Clésio Salvaro (PSDB), da lei 7.942/21. De autoria do vereador, a lei proíbe o ensino da linguagem neutra de gênero em escolas de Criciúma. – Aqui, não! – frisou o parlamentar.
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A pauta foi votada na sessão do último dia 3 e aprovada na Câmara por 14 votos a 1. – Elu, delu, francamente, não é falta de respeito. Não é discurso de ódio nem de homofobia. Estamos aqui para pautar e defender o aprendizado – justificou Obadias, na ocasião. – Estamos protegendo a nossa língua. Esse é um fenômeno que está vindo aí que nos preocupa muito – emendou.

Para o vereador, a defesa da linguagem neutra “não vem para incluir, o discurso é de uma minoria”. – Esse uso da nossa língua é uma agressão – completou.
Inspiração para projeto federal
A deputada federal Geovania de Sá (PSDB) participou do ato de sanção da nova lei no Paço Municipal na manhã desta sexta. Ela lembrou que, alinhada ao projeto levado adiante em Criciúma, está propondo o tema em nível nacional.
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– Protocolei na Câmara o projeto que veda a utilização da linguagem neutra em escolas de todo o Brasil. O projeto vai além, é uma defesa da língua portuguesa e a garantia de que os alunos aprenderão conforme as normas – justificou.
O prefeito comemorou a sanção da lei. – Sem questões relacionadas à ideologia de gênero e à linguagem neutra em nossas escolas – comentou Salvaro. A nova lei aplica a determinação à rede municipal de ensino, instituições de ensino superior instaladas em Criciúma e também nos concursos públicos da prefeitura. – Quem violar estará sujeito a sanções administrativas – pontuou o projeto, agora tornado lei.

O autor do projeto, vereador em primeiro mandato, é jornalista e pastor evangélico. Também pastor, mas não da mesma igreja de Obadias, o vereador Jair Alexandre (PL) comentou, quando do debate na Câmara, que “o projeto protege as crianças”. Para ele, os mesmos que defendem a linguagem neutra são os que quiseram implantar ideologia de gênero nas escolas.
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Único voto contrário ao projeto, a vereadora Giovana Mondardo (PCdoB) argumentou que não há escolas ensinando linguagem neutra em Criciúma. – Concordo com a defesa da língua, mas devemos lembrar que o português é uma língua viva, que ajusta-se ao cotidiano – observou.
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