O ídolo Paulo Baier completou, na sexta-feira (4), um mês no comando do Criciúma. Neste domingo (6), o Tigre fez com ele sua terceira partida. E pela terceira vez, não tomou gols. O empate em 0 a 0 contra o São José no estádio Passo d´Areia, em Porto Alegre, teve um sabor especial para o técnico. Sabor de reconstrução.
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– São três jogos que fizemos. Estamos reconstruindo o Criciúma, temos que ter calma que as coisas vão melhorar ainda mais. Não estamos tendo tempo para trabalhar, com jogos nas quartas e domingos. É ter calma, ajustar e dar moral para esses jogadores – avalia. – Estão correndo muito, e isso me deixa muito feliz – emenda.
Fazia muito tempo que o Criciúma não ficava três partidas sem tomar gols. Depois da derrota por 1 a 0 para o Avaí no dia 21 de abril, quando foi consumado na última rodada o rebaixamento à Série B do Campeonato Catarinense, o Tigre não teve mais suas redes balançadas. Estreou na Série C vencendo o Ituano por 1 a 0, empatou com o América (MG) por 0 a 0 pela Copa do Brasil na última quarta-feira (2) e, agora, o 0 a 0 com o São José.
A partida deste domingo teve um agravante: o jogo no gramado sintético do Passo d´Areia desagradou Baier. – A gente vem preparado para jogar mas, com esse gramado, é só chutão – lamentou. – É uma injustiça muito grande jogar em gramado sintético. É um pecado com os jogadores, não dá jogo, é só chutão, fica um jogo feio – destacou o técnico do Criciúma.
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Decisão de R$ 2,7 milhões
O Criciúma encara o América (MG) na próxima quarta-feira (9), no Heriberto Hülse, brigando por vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. A classificação coloca mais R$ 2,7 milhões nos cofres do clube, valores considerados decisivos para o futuro do Criciúma na grande prioridade, que é voltar para a Série B do Brasileiro. O presidente Anselmo Freitas considera, porém, que os investimentos já estão sendo feitos por conta, antes mesmo das garantias da verba com a vaga.
– Nós já estamos investindo antecipadamente, com os atletas que estão chegando e vão chegar. Se vir mais esse reforço financeiro, vai ajudar bastante a cumprir esse orçamento de 2021, já estamos estourando por querer subir e ter um calendário melhor na Série B do ano que vem – observa o presidente Anselmo Freitas.
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Antecipar a eleição
A semana será de disputa eleitoral no Criciúma. Os sócios patrimoniais votarão, na próxima quinta-feira (10), na eleição que renova o Conselho Deliberativo do clube. Duas chapas estão na disputa. Caberá ao novo Conselho, com 300 membros, definir a nova diretoria do clube a partir de janeiro de 2022 já que o atual presidente cumpre mandato-tampão até o fim do ano.
– Tivemos um atraso muito grande na eleição da diretoria, tenho reclamado que não aconteça novamente. Lá em 13 de maio, quando o Jaime (Dal Farra, ex-presidente) disse que não ficaria, já deveríamos ter tomado providência. Chegamos em dezembro e não tinha presidente, não tinha treinador nem atleta – lembra Freitas.
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– Agora, logo que acontecer a eleição do Conselho, eu vou pedir novamente para que esse novo Conselho, essa nova diretoria faça novamente as eleições do presidente e dos vices, que eles possam assumir o clube e que conheçam o passado dos últimos meses e o planejamento. Aí sim vão iniciar 2022 com mais conhecimento e uma equipe já montada, vai receber o clube de uma maneira diferente da que recebemos – detalha.
Mudar a Série B do Catarinense
Pela primeira vez na história, o Criciúma vai disputar a Série B do Campeonato Catarinense em 2022. E o clube está preocupado com o calendário.
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– O nosso grande problema para o ano que vem é a lacuna que vai existir no calendário. A Série B do Catarinense desse ano ainda não começou, ela não existe ainda. Se acontecer do jeito que está programado, o Criciúma vai ter atividade somente no segundo semestre, no Brasileiro e na Série B do Catarinense. O Criciúma terá que disputar três competições ao mesmo tempo em seis meses, o Brasileiro, o Catarinense e a Copa Santa Catarina – pondera Freitas.
Com isso, o presidente do Criciúma está negociando uma antecipação da Série B estadual no ano que vem, para que seja paralela à Série A. – Estamos vendo com os clubes, com a Associação dos Clubes, com a Federação, uma forma de tentar antecipar a Série B do Catarinense para ser junto com a Série A. Daí o Criciúma teria a Série B do Catarinense, o Brasileiro e depois a Copa Santa Catarina. Aí sim a gente conseguiria acertar esse calendário para 2022 – finaliza.
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