As centenas de famílias que dependem de fartura nas pescarias estão de olhos voltados para o mar no litoral sul. Afinal, com a safra da tainha em pleno andamento, é tempo de tentar a sorte entre as ondas e as águas frias.

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— Mas por enquanto vieram poucos peixes — reconhece o presidente da Colônia de Pescadores Z-33, de Balneário Rincão, João Piccolo, sem esconder a preocupação. Na última segunda-feira (10) até houve algum movimento com empolgação na costa, quando da chegada de alguns pescadores do mar. Porém, ao puxar a rede, nada muito volumoso.

Com o frio e o vento sul, as tainhas devem se aproximar da costa
Com o frio e o vento sul, as tainhas devem se aproximar da costa (Foto: Bruno Neka Dal Pont / Divulgação)

— Vai melhorar. A gente depende do frio chegar com mais força e do vento sul também — aponta Piccolo. — Agora, a maré virou com um ciclone em alto mar e, desse jeito, dificilmente vai aparecer peixe até o fim de semana — relata.

A melhor pescaria da região na atual safra, até agora, foi registrada na altura do litoral de Jaguaruna, com uma captura de seis toneladas de tainhas. A expectativa, ainda assim, é positiva no Balneário Rincão. 

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— Outro dia apareceu um cardume bom, um grupo daqui iria pegar, mas daí a rede enroscou numa âncora abandonada no fundo do mar. Rasgou a rede e o cardume disparou. Foi um prejuízo para os colegas — conta o presidente, sublinhando uma das muitas dificuldades encaradas na rotina dos pescadores do litoral sul.

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No ano passado, os pescadores do Rincão conseguiram capturar cerca de 50 toneladas de tainha, e as projeções são mais otimistas agora. — Para esse ano, queremos pelo menos dobrar esse número — indica Piccolo. — Estamos acompanhando desde o Rio Grande do Sul, as notícias de lá são que tem bastante peixe saindo da lagoa, é só esfriar a água que ela vem mais para a costa — arremata.

Expectativa é de até 100 toneladas nesta safra
Expectativa é de até 100 toneladas nesta safra (Foto: Bruno Neka Dal Pont / Divulgação)

A safra da tainha está aberta até o fim de julho.

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