Exatos 132 dias depois de encarar um inédito e constrangedor rebaixamento no Campeonato Catarinense, o Criciúma vive uma sensação oposta. Pisa no gramado do Maracanã às 16h30min deste sábado (31) em vantagem contra o Fluminense na briga por uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil.

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– Temos é que jogar o jogo. Não pode vir aqui no Maracanã para se defender – antecipa Paulo Baier. O técnico, que além de ídolo dos tempos de atleta é o comandante dessa nova fase do Criciúma, acredita que, com foco, o Tigre repetirá a boa atuação da última terça-feira (27), quando o Tigre venceu o Flu por 2 a 1 no Heriberto Hülse. 

– A gente sabe que o Fluminense vai propor o jogo, vai buscar o gol a todo momento. Se a gente vier só para se defender, uma hora vamos tomar. Dentro de uma estratégia, a gente vai também atacar o Fluminense – afirma. Baier reconhece que será no contra-ataque que o Criciúma buscará um gol para encurralar o adversário. 

Se o Flu devolver vitória por 1 gol, a decisão será nos pênaltis
Se o Flu devolver vitória por 1 gol, a decisão será nos pênaltis (Foto: Celso da Luz / Criciúma EC)

Um dos trunfos é o ambiente. – O nosso grupo é muito bom, o clima é ótimo. E não vamos mudar o que está dando certo – relata. 

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No pênalti do Flu, lance de futebol amador

Daí vem a lembrança de Paulo Baier em relação aos acontecimentos da última terça, quando um pênalti inexistente marcado pelo árbitro Caio Max Vieira definiu o gol do Fluminense, que pode ser decisivo na contagem final do confronto. 

– Criamos uma vantagem, poderia ser melhor, foi bem feio o que aconteceu em relação ao pênalti, nem no amador um árbitro daria um pênalti daqueles. Mas a gente não pode se preocupar com isso – destaca Baier.

O técnico testou três formatos para a equipe que joga neste sábado. E não antecipa a escalação. Dudu Figueiredo é a opção para o lugar de Arilson, que deixou o time lesionado, no primeiro tempo. A equipe provável tem Gustavo, Alemão, Rodrigo, Marcel Scalese e Hélder, Dudu Vieira, Eduardo e Dudu Figueiredo, Fellipe Mateus, Hygor e Marcão. – Não vamos encher o time de zagueiro e volante. Prefiro uma estratégia para tentar assustar o Fluminense, quem sabe saindo na frente – projeta.

Árbitro Caio Max olhando o VAR no jogo de terça, em Criciúma
Árbitro Caio Max olhando o VAR no jogo de terça, em Criciúma (Foto: Celso da Luz / Criciúma EC)

Vários jogadores do Criciúma terão a primeira oportunidade de jogar no Maracanã. – É a oportunidade deles de fazer o melhor jogo da vida. Vamos botar isso na cabeça deles, é confiança – reitera Baier.

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Jejuns em jogo

O Criciúma está há um ano sem ganhar fora de casa. A última vez que o Tigre venceu longe do Heriberto Hülse foi em 30 de julho de 2020, 1 a 0 sobre o Marcílio Dias, em Itajaí, pelo Campeonato Catarinense. Depois, foram 21 jogos, com 11 empates e 10 derrotas.

Há outros dois jejuns ainda em jogo: o Criciúma nunca ganhou no Maracanã (em 14 jogos, 11 derrotas e 3 empates) e nunca derrotou o Fluminense fora de casa (13 partidas, 2 empates e 11 derrotas).

Mas neste sábado não é necessário derrubar jejum algum. Basta empatar para conseguir a vaga. O Criciúma está invicto na atual Copa do Brasil: são quatro empates e uma vitória em cinco partidas. Quem passar será o primeiro garantido nas quartas de final. O prêmio, nesta fase, é de R$ 3,4 milhões, valor que equivale a seis folhas de pagamento do Tigre. Na próxima etapa, serão R$ 7 milhões.

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