Mais de 10,8 mil quilômetros separam a Somália, um pobre país da costa africana no Oceano Índico, de Araranguá, às margens do Oceano Atlântico. Mas nem essa longa distância foi suficiente para separar um grupo de 15 somalis da cidade do Sul catarinense.

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– Fomos acionados para encontrar uma solução – conta a vereadora Lena Périco (MDB) que esteve às voltas com o incidente. Os somalis apareceram em Araranguá neste domingo (15) com imensas dificuldades de comunicação, com origem e destino incertos e poucas explicações palpáveis a respeito dos fatores que os fizeram parar na região. – Todos falando inglês, muito confusos e sem saber nos informar o que estava acontecendo. Eles apareceram na cidade pedindo ajuda – referiu Lena.

Dentre as poucas referências obtidas, as de que o grupo teria chegado de barco na região e que estariam no aguardo de um caminhão que, pela BR-101, os apanharia para seguir viagem em direção ao Sul. – Mas são informações aleatórias e confusas ainda, não sabemos nada mais que isso – completou a vereadora.

A primeira referência buscada pelos somalis em Araranguá foi a Igreja Católica. Integrantes da comunidade na cidade coletaram donativos, como alimentos e roupas, e buscaram um abrigo provisório para o grupo. Um espaço foi improvisado perto de um posto de combustível no bairro Mato Alto, que serve de referência para o possível transporte que pode estar a caminho para levar os somalis ao destino. – Buscamos acionar as forças de assistência social da cidade para prestar apoio – destacou Lena. A Casa do Oleiro, que funciona como um lugar de passagem em Araranguá, foi preparada para acolher os africanos nas próximas horas.

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