O estudo “Acidentes Rodoviários e a Infraestrutura” divulgado nesta semana pela Confederação Nacional do Transportes aponta os pontos mais perigosos das rodovias federais no país. Embora não tenha nenhum trecho entra os cem piores do país o Oeste, conta com pontos com alto índice de acidentes.

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O mais grave na BR-163, entre o trevo da BR-282 e a saída para Guaraciaba. Em apenas 10 quilômetros, foram mais de 40 acidentes com vítimas em 2017. Na BR 282, entre o trevo da 158 e a cidade de Maravilha, e de Chapecó a Xanxerê, o índice de acidente 30 e 40 acidentes com vítimas a cada 10 quilômetros.

O inspetor da Polícia Rodoviária Federal Carlos Possamai disse que um dos problemas é a travessia urbana das rodovias, como no caso de São Miguel do Oeste.

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– A BR-163 é a principal via da cidade, a Avenida Willy Barth. Lá é necessário um contorno para tirar o fluxo do centro da cidade. Em Xanxerê a rodovia também passa por dentro da cidade. Com isso há um conflito entre o fluxo da rodovia, que deveria ser numa área rural, com o tráfego urbano. Já em Chapecó, o maior problema é o grande fluxo de caminhões. Nesses pontos os condutores devem ter uma conduta ainda mais atenta – afirmou Possamai.

O engenheiro civil Ricardo Saporiti, que recentemente fez um estudo sobre as rodovias catarinense, destacou que na BR-282, entre Chapecó e Ponte Serrada, está sendo feita uma recuperação do pavimento e melhorias na rodovia que melhoraram as condições de trafegabilidade.

– De Chapecó a Ponte Serrada, a obra está sendo muito bem feita, mas na BR-163 é uma lástima, com muitos defeitos na pista e que ainda deve piorar com o aumento de fluxo que será provocado pela rota do milho. Na BR-282, de Chapecó a São Miguel do Oeste, tem muitos trechos perigosos e intersecções que necessitam de melhorias, como o trevo da BR-158 – destacou Saporiti.

Ele afirmou que essa é uma obra que está prevista na licitação de recuperação do pavimento e ampliação de terceiras faixas e trevos que foi licitada pelo DNIT.

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Essa licitação foi lançada ainda em 2016 e as obras eram para iniciar em abril de 2017. Mas recursos judiciais da empresa que perdeu a licitação atrasaram o início das obras. A Traçado Construções e Serviços foi declarada vencedora e já informou que está pronta para iniciar a obra, só aguardando a liberação dos R$ 50 milhões iniciais, que correspondem a 1/3 do valor total da obra.

Também estava prevista para maio a licitação para continuidade das obras de recuperação da BR 163, pois o contrato com a antiga empresa, a SulCatarinense, foi rescindido pelo DNIT. O motivo é que o contrato iniciou em 2013 e até agora só foi realizado 40% do total. No entanto o recurso disponível também é insuficiente para reiniciar a obra.

Ontem o superintendente do DNIT em Santa Catarina, Ronaldo Carioni, foi a Brasília avaliar qual a disponibilidade de recursos para tocar as obras no Estado principalmente depois dos cortes do governo federal para atender a pauta da greve dos caminhoneiros.

 

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