O início do serviço de oncologia no Extremo-Oeste de Santa Catarina, que beneficiará 230 mil pessoas de 30 municípios, depende da liberação de recursos pelo Governo do Estado. A estrutura está praticamente pronta, com um investimento de R$ 2,3 milhões do Estado em equipamentos instalados no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, instituição de São Miguel do Oeste administrada pela organização social Instituto Santé.

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— Faltam alguns aparelhos e a contratação de um cirurgião e de um oncologista clínico, mas já temos condições de iniciar os atendimentos, contamos com alguns profissionais do próprio hospital que podem atender e a estrutura de ambulatório, centro cirúrgico, UTI e centro de internação — explicou Jeferson Gomes, diretor do hospital.

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O diretor afirma que os médicos já estão mapeados. Gomes espera que a definição do início não demore muito, pois os profissionais podem não esperar e optar por outro serviço.

A estimativa de custo para o atendimento oncológico é de R$ 1 milhão por mês. A administração do hospital quer que o Governo do Estado banque esse valor até que o serviço seja credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o Estado já repassa R$ 3 milhões por mês para a instituição fazer o atendimento de média e alta complexidade na região.

 

Menos quilômetros serão percorridos

O presidente da Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (Ameosc) e prefeito de Itapiranga, Jorge Welter, destacou que o atendimento em São Miguel do Oeste melhorará a condição dos pacientes da região. Ele espera que o serviço esteja funcionando até julho.

Atualmente, alguns pacientes têm que se deslocar cerca de 200 quilômetros para atendimento em Chapecó. Com a mudança, o percurso máximo será de 70 quilômetros.

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Para os moradores de São Miguel do Oeste, por exemplo, a distância, que é de 120 quilômetros até Chapecó, zera reduzida a alguns metros. O secretário de saúde de São Miguel do Oeste, Leonir Caron, lembra que alguns pacientes fazem até 230 quilômetros para serem atendidos em Cascavel, no Paraná, onde a fila é menor.

— Aqui em São Miguel do Oeste são uns 10 pacientes que vão para o Paraná e, em Guaraciaba, cerca de 40, que acabam bancando o transporte. Por isso a gente espera que se inicie logo os atendimentos aqui na cidade, para que nossos pacientes possam ter atendimento mais próximo — destacou.

Ele lembrou que um paciente com câncer já está debilitado e acabam sofrendo ainda mais com longas viagens.

 

Casos novos

Caron ressaltou que o atendimento em São Miguel do Oeste será para pacientes novos. Os que já estão em tratamento continuam em Chapecó, pois já tem um acompanhamento médico e não seria adequado mudar de profissional no meio do tratamento.

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A secretaria de Saúde do Estado respondeu via assessoria de imprensa que está analisando a proposta de metas e custos apresentados pelo Instituto Santé, se estão adequados à portaria do Ministério da Saúde, para a produção do aditivo necessário ao serviço de oncologia. Mas não deu prazo para o início do atendimento.

 

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