Sete pessoas foram condenadas a penas que somam 487 anos de prisão pela participação na chamada “chacina de São Domingos”, onde cinco pessoas foram mortas em 2016, numa boate no interior de São Domingos.

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Os réus foram divididos em três júris e os julgamentos encerraram nesta sexta-feira, com a condenação dos últimos três réus. Depois de 20 horas de sessão foram condenados Edenilson Moreira Sutil, a 83 anos de reclusão, Thalita Kulyk Viana, a 16 anos e quatro meses de reclusão e Antonio Carlos Flor, a 10 anos de reclusão.

No primeiro júri, realizado no dia 15 de junho, Olívio Flor, que está foragido, foi condenado a 114 anos e 20 dias de reclusão. Ele foi considerado culpado por cinco mortes, tortura e ocultação de cadáver.

Outro participante da chacina, Douglas dos Santos da Silva, que já estava preso, foi condenado a 84 anos e nove meses de prisão.

No segundo júri, realizado no dia 19 de julho, Juliano Biazeki Lucano foi condenado a 92 anos de reclusão e, Luciano Rodrigues dos Santos, a 88 anos.

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O crime teria ocorrido por vingança. Olívio Flor foi avisado por telefone de que Anderson Moshe Antunes, suspeito da morte de seu tio, estava numa boate na zona rural de São Domingos. Olívio teria ordenado a um irmão e mais duas pessoas que estavam em São Lourenço do Oeste, que fossem até o local e prendessem Moshe.

Olívio foi ao local e torturou Anderson por cerca de uma hora, segundo relato de testemunhas, enquanto que as outras quatro vítimas, Leonardo Pansera Menegati, Davi Caveglion, João Carlos Caveglion e Patrick Inácio Alves foram amarrados.

Depois os cinco foram mortos a tiros, os corpos foram colocados num veículo e depois incendiados.

A decisão é de primeira instância e portanto há possibilidade de recurso da defesa ao Tribunal de Justiça.