SC trabalha para manter diferencial na produção e carnes
Nesta semana o Brasil será reconhecido como Zona Livre de Aftosa Com Vacinação, em assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris. E a meta é tirar a vacinação até 2023, igualando com o status que Santa Catarina tem desde 2007.
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Esse diferencial é que permite ao estado ser o maior exportador do país em carne suína, com mais de 40% dos embarques, e acessar mercados como o Japão, em 2013, Estados Unidos, em 2015 e a Coreia do Sul, que terá o primeiro embarque, de 50 toneladas, nos próximos dias.
Lideranças de Santa Catarina afirmam que a medida é boa para o Brasil e que o Estado está trabalhando para continuar um passo à frente e garantir um diferencial na busca por mercados internacionais.
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O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina, Ricardo Gouvêa, está em Nebraska, nos Estados Unidos, junto com representantes do Ministério da Agricultura, buscando equipamentos para montar um laboratório de análise de doenças animais, na unidade do Ministério da Agricultura em São José, em Santa Catarina. A intenção é juntar forças da iniciativa privada e do poder público para que o laboratório seja instalado dentro de um ano.
– A conquista de país livre de aftosa deve ajudar o Brasil na busca de mercados, mas para Santa Catarina não muda nada no momento pois continua com um status diferenciado, que é de zona livre de aftosa sem vacinação. Mesmo assim estamos trabalhando para reduzir a brucelose e tuberculose e buscando mais tecnologia, para montar um laboratório que fará diagnósticos mais rápidos, que atualmente são realizados no Lanagro em Minas Gerais – explicou Gouvêa.
O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, disse que atualmente o estado já tem os menores índices de tuberculose e brucelose, com 0,28% dos rebanhos e 0,67 dos estabelecimentos infectados, e a meta é chegar a menos de 2%, que é a recomendação da OIE.
– Além da sanidade já estamos nos preparando para uma nova onda de exigências, que é do bem-estar animal, com boa ambiência e também treinando as pessoas para um bom manejo e também no transporte. Outro aspecto é o desempenho ambiental, minimizando os impactos de resíduos, substituição de químicos por dejetos na adubação, utilização de biodigestores para gerar energia e eficiência no uso da água – afirmou.
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Spies disse que Santa Catarina se prepara para continuar atendendo mercados que exigem mais mas pagam melhor, até para compensar o custo em buscar fora a principal matéria-prima da alimentação das criações, que é o milho.