Único estado com certificação internacional de zona livre de aftosa sem vacinação, Santa Catarina deve perder esse diferencial nos próximos anos, de acordo com o que prevê o Plano Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa. Os riscos e oportunidades dessa mudanças serão discutidos no Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa, que inicia às 14h desta terça-feira, no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desatres (Cigerd), em Florianópolis.
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O secretário de Agricultura do Estado, Airton Spies, disse que esse diferencial permitiu compensar o custo mais alto do milho no estado, que não produz nem a metade do consumo, acessando mercados diferenciados como Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, no caso da carne suína. Isso permitiu que Santa Catarina ampliasse suas vendas, que representam mais da metade da carne de porco que o Brasil exporta.
A partir do ano que vem os estados do Paraná, Rondônia e Acre devem retirar a vacinação, coisa que Santa Catarina já fez em 2000. Depois de dois anos eles poderão tentar o certificado da Organização Mundial de Saúde Animal, o que Santa Catarina obteve em 2007.
Com isso o estado pode perder a exclusividade de alguns mercados.
– Já estamos trabalhando na busca de outros diferenciais, que são o saneamento da brucelose e tuberculose, o desempenho ambiental e o bem estar animal – explicou Spies.
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O futuro secretário da Agricultura anunciado ontem, o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo de Gouvêa, também será um dos palestrantes do evento.