Em meio à turbulência da paralisação dos caminhoneiros, duas datas significativas para o agronegócio catarinense passaram em branco. Em 25 de maio, completou-se 11 anos do certificado de zona livre de aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal. E continua até agora como único Estado brasileiro com esse status. E, no dia 28 de maio, são três anos do certificado de zona livre de peste suína clássica, este juntamente com o Rio Grande do Sul.

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Esses dois certificados permitiram aos produtores e indústrias catarinenses acessarem mercados mais exigentes, como o Japão, em 2013, os Estados Unidos, em 2015 e, neste mês, a Coreia do Sul.  Somente Santa Catarina conseguiu acessar esses três mercados, que remuneram melhor.

Com isso o estado recuperou a liderança nas exportações de suínos. Nos quatro primeiros meses deste ano, vendeu 81 mil toneladas de carne de porco para o exterior, totalizando US$ 179 milhões. Isso é mais da metade do que foi exportado pelo Brasil no período, que foram 129 mil toneladas, no valor de US$ 275 milhões.

Além disso conseguiu ampliar as exportações também de carne bovina. No primeiro trimestre de 2018 já foram embarcadas 1,2 mil toneladas de carne bovina, quatro vezes mais do que no mesmo período de 2017. O faturamento foi de US$ 4,1 milhões, num crescimento de 277%.

O próximo passo é reduzir doenças como brucelose e tuberculose para níveis irrisórios, o que facilitaria a exportação de leite.

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