A sanidade animal é uma das prioridades do novo secretário da Agricultura de Santa Catarina, Ricardo de Gouvêa, anunciado nesta semana pelo governador Carlos Moisés da Silva. Ele inclusive foi um dos fundadores e diretor do Instituto Catarinense de Sanidade Animal (Icasa), que foi criado para dar apoio à Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

Continua depois da publicidade

Além disso é diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne) e da Associação Catarinense de Avicultura (Acav)

– Minha escolha não é por questões políticas, ainda estou montando um plano de trabalho, a pedido do governador vou trabalhar numa gestão com a experiência que trago da iniciativa privada, cortando gastos, mas uma das nossas prioridades é manter e cuidar da sanidade do nosso estado, para preservar a produção de frangos e suínos – destacou Gouvêa.

Ele disse que vai manter as 63 barreiras sanitárias nas divisas com Paraná e Rio Grande do Sul, além da fronteira com a Argentina. E também defendeu que o estado continue como área livre de aftosa sem vacinação de forma independente dos demais estados, pois conseguiu esse status em 2007, na Organização Mundial de Saúde Animal.

Graças a esse status Santa Catarina é o único estado do Brasil que exporta carne suína in natura para Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. Com isso a exportação de carne suína passou de US$ 310 milhões em 2006 para US$ 554 milhões de janeiro a novembro de 2018, num crescimento de cerca de 80% no período.

Continua depois da publicidade

Gouvêa também pretende trabalhar de forma integrada com as demais secretarias e também com a iniciativa privada para resolver os gargalos de infraestrutura. Afinal 66% das exportações são do agronegócio.

– A proteína animal é nosso principal produto de exportação e temos que pensar numa forma de escoar melhor essa produção – destacou.

Outra ação é trabalhar para amenizar o déficit de milho no Estado, que é de cerca de quatro milhões de toneladas.