A Rota do Milho, que pretende criar um fluxo do cereal do Paraguai, passando pela Argentina, até Santa Catarina, já tem nova data para começar: 24 de maio. A intenção era inaugurar o projeto ainda em fevereiro, mas chuvas atrasaram obras nos pontos de carregamento das balsas no Rio Paraná, entre Carlos Antônio Lopez, no Paraguai, e Eldorado, na Argentina.
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Um dos coordenadores da Rota do Milho e do Núcleo de Fronteira de Santa Catarina, Flávio Berté, disse que houve a necessidade também de credenciar empresas importadoras para fazer essa rota entre os três países.
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— A balsa está no local, os acessos estão prontos, só falta liberar a importação para confirmarmos a data de 24 de maio. Queremos fazer um ato em Carlos Antônio Lopez pela manhã, outro em Dionísio Cerqueira às 13h30min, e um terceiro em Chapecó às 17h — disse Berté.
O coordenador afirma, também, que já se iniciou a obra de pavimentação de cerca de 50 quilômetros de rodovia no Paraguai, para completar a ligação asfáltica. Segundo Berté, a intenção é ampliar o horário da aduana de Dionísio Cerqueira até a meia-noite, para a passagem dos caminhões em horário especial, o que irá facilitar o tráfego em horário de menor movimento nas rodovias.
Berté afirma que o governo do Estado também se propôs a ceder funcionários para auxiliar na demanda, que no ápice pode chegar a cinco mil caminhões por mês. Neste ano, as agroindústrias ainda estão trazendo milho do Paraguai por Foz do Iguaçu. Mas com a rota a intenção é reduzir a distância quase pela metade, de quase 800 quilômetros para cerca de 500 quilômetros. Em relação a Mato Grosso, que fica a mais de mil quilômetros, a economia será ainda maior.
— O Paraguai ainda não consegue atender toda a nossa demanda, mas vamos fazer rodadas de negócios com as cooperativas de produção do Paraguai e da Argentina para que eles aumentem a produção — explicou.
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Neste ano, Santa Catarina colherá apenas 2,5 milhões de toneladas de milho e o consumo é de 6,5 milhões de toneladas.