O preço do leite continua subindo tanto para o produtor, quanto para o consumidor. Nesta semana o Conseleite, que reúne representantes das indústrias e dos produtores, anunciou mais um aumento para o produtor, de 5,3%, referente ao mês de julho. É o segundo aumento considerável já que no mês passado houve uma valorização de 11%.
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Desta vez o impacto será de seis a oito centavos por litro. O produtor vai receber R$ 1,31 por litro de leite abaixo do padrão, R$ 1,41 para o leite dentro do padrão e, R$ 1,74 para o leite acima do padrão.
O presidente em exercício do Conseleite, José Carlos Araújo, disse que essa alta ainda tem reflexos da paralisação dos caminhoneiros, quando mais de 50 milhões de litros foram jogados fora. Com isso faltou matéria-prima no mercado e elevou os preços.
Muitas indústrias de outros estados também estão buscando o leite catarinense. E normalmente no início de inverno há um aumento de consumo e uma queda na produção.
Araújo acredita que essa situação de alta deve permanecer até setembro, quando a produção será normalizada.
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O aumento no campo está trazendo reflexos também na cidade. Em Chapecó uma pesquisa do cesto básico realizada pelo Curso de Ciência Econômicas da Unochapecó e Sindicado do Comércio (Sicom) indico que o leite integral foi o produto que mais aumentou numa relação e 57 itens.
O acréscimo foi de 18% em relação a junho. O preço médio da caixinha de leite passou de R$ 3,40 em junho para R$ 4,04 em julho. Em um ano o aumento chega a 29,7%.