O município de Planalto Alegre está situação de emergência devido à escassez de água. O prefeito Juares Bet (PSD) assinou o decreto e encaminhou para a Defesa Civil estadual.

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— Faz 40 dias que deu a última chuva forte, depois disso só umas garoazinhas. Parte do abastecimento de água da cidade é de fontes, que reduziram em 80% a vazão. Um poço artesiano também diminuiu e tivermos que fazer um rodízio no abastecimento — disse o prefeito.

De acordo com o responsável pelo sistema de abastecimento de água da cidade, Júnior Camini, a cidade consome 350 mil litros por dia, mas está produzindo cerca de 270 mil litros dia.

— Dividimos a cidade em quatro partes e cada uma delas recebe água cinco a seis horas por dia. Do poço artesiano só conseguimos pegar água três horas por dia – disse.

O Rio Lajeado dos Porcos, que corta a cidade, está com menos de 10% da vazão. Isso obriga os moradores a economizarem. O aposentado Amadeu Vieira, 69 anos, chegou a ficar dois dias sem água.

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— Às vezes vem um pouco de manhã, às vezes à noite, para não ficar sem água a cada dois dias encho litros para ter uma reserva, para beber e fazer a comida. Mas já tive que tomar banho com água dos litros – contou.

Outra moradora da cidade, Rilde Bresolin, disse que não chegou a ficar mais de um dia ser receber água. Com um pouco de economia e a reserva da caixa de água, ela consegue atender sua demanda.

— A gente economiza o que pode, usa pouco na limpeza e não molha as plantas – explicou.

A prefeitura já tentou perfurar poços artesianos, mas alguns não deram água e, dos que deram, um teve PH muito alto e outro tinha elevado teor de ferro.

No interior há cerca de 25 moradores da linha Tope da Serra que estão sem água e tentam buscar em fontes alternativas. Outros municípios como Xanxerê e Chapecó também estão levando água para propriedades do interior.

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