A oscilação do dólar deve reduzir a rentabilidade de algumas lavouras. O motivo é que, quando a moeda americana subiu, chegando próximo dos R$ 4,20 e puxou para cima os custos de produtos importados, entre eles os componentes de fertilizantes. Na época também subiu o preço da saca de milho, que chegou a R$ 38,00, e a de soja, que atingiu o valor de R$ 83 para o produtor.

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Agora, com a queda do dólar para patamares de R$ 2,70, o milho foi para R$ 34 e, a soja, para R$ 78. Ou seja, o plantio foi com o dólar alto, se a moeda americana continuar caindo, a safra será com dólar mais baixo.

Para o diretor da Cooperativa de Produção e Consumo Concórdia (Copérdia), Vanduir Martini, os agricultores que compraram os insumos no início do ano ainda conseguiram preços bons, mas, quem deixou para comprar a partir de agosto, acabou pagando mais caro.

– Houve um acréscimo de 20% a 25% no custo de produção e isso vai impactar na rentabilidade, por isso sempre recomendamos ao produtor comprar em duas ou três vezes para diluir os custos, além de fazer contratos de venda futura – explicou.
 

Efeito menor nas agroindústrias
 
Nas agroindústrias, o impacto da oscilação do dólar deve ser menor, segundo avaliação do engenheiro agrônomo do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri, Alexandre Giehl.

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– Como isso ocorreu num curto período e os contratos são mais a longo prazo não deve ter ocorrido alteração significativa e isso acaba se diluindo durante o ano entre altas e baixas – avaliou.

Claro que no mês em que o dólar estava alto a rentabilidade em reais foi maior.

 

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