Uma manifestação está marcada para as 8h de hoje na BR-163, no acesso à aduana de cargas em Dionísio Cerqueira. O movimento “A Aduana é nossa” foi organizado pela Associação Comercial e Empresarial de Barracão e Dionísio Cerqueira (Ascoagrin). A entidade busca cobrar medidas para melhorar a estrutura e dar mais agilidade nos processos de liberação dos caminhões na Aduana de Cargas.

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– Temos relatos de motoristas que ficam até 40 dias para liberar uma carga. Isso está levando as empresas de transporte a optarem por outras aduanas e prejudicando o desenvolvimento local. Também precisamos melhorar o fluxo para receber o movimento da Rota do Milho, que vai trazer mais caminhões do Paraguai para Santa Catarina – disse o presidente da Ascoagrin, Marcos Voltolini.

Um dos motivos da demora na liberação é a greve dos auditores fiscais, que se estende desde novembro do ano passado. Mas há também problema com o número de servidores.

A ideia do movimento é fazer um ato no acesso à aduana e convidar os motoristas a não ingressarem no pátio. A mobilização deve se estender até as 18h de amanhã.

O delegado da alfândega de Dioníso Cerqueira, Valter Solon Durigon, afirmou que a greve impactou entre 10% e 15% do movimento, mas que isso não representou mais do que 15 a 20 dias nas cargas, em casos excepcionais. Ele ressaltou que, desde a semana passada, quando dois auditores voltaram ao trabalho, o serviço está próximo do normal. Atualmente, dos oito auditores, três estão em greve.

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Movimento na aduana foi de 13,7 mil veículos em 2017

O movimento na aduana de Dionísio Cerqueira foi de 13,7 mil veículos em 2017, com US$ 305 milhões em exportações, principalmente de carnes e frutas, e US$ 164 milhões em importações, com destaque para bebidas e frutas. No entanto, mesmo com a greve de auditores, o movimento de caminhões foi de 2.047 veículos em janeiro e fevereiro contra 1.571 no mesmo período do ano passado. A explicação é que os dois primeiros meses foram os piores de 2017, ainda sob o impacto do PIB negativo de 2016 e da retração da economia. Para uma comparação, no primeiro bimestre de 2013 passaram pela aduana 2.827 veículos. Ou seja, está melhor que no ano passado e pior do que há cinco anos.

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