O preço do leite pago ao produtor em julho terá aumento de 11,2% em relação a junho. O aumento foi definido nesta semana em reunião do Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado de Santa Catarina, realizada em Joaçaba.
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Isso representa um acréscimo de 12 a 15 centavos por litro. O pagamento do leite abaixo do padrão será de 1,1871, o do leite padrão será de R$ 1,281 e, do leite acima do padrão, R$ 1,5770 por litro.
De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), houve uma a redução na oferta, com problemas climáticos, além do desabastecimento durante a greve dos caminhoneiros, provocou uma demanda maior pelo leite produzido em Santa Catarina. Durante a greve a estimativa é que 50 milhões de litros tenham sido jogados fora. Com isso houve elevação de preço tanto para o produtor, quanto para o consumidor.
Em Chapecó o leite longa vida já havia subido 5% no início do mês, em relação ao mês passado e 20% nos últimos 12 meses, segundo pesquisa do Centro de Ciências Econômicas da Unochapecó e Sindicato do Comércio da Região (Sicom).
Produtores da região Oeste estão preocupados com o aumento dos preços para o consumidor, que está sendo maior do que o repassado para eles.
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– O que não admitimos é receber R$ 1,50 e o consumidor pagar R$ 4,50, nós não precisamos receber mais que R$ 2,00 por litro, mas não pode ultrapassar os R$ 3,50 para o consumidor – disse o produtor Rafael Dallacqua, de Quilombo, que produz 1,5 mil litros por dia.
Outro produtor, Félix Muraro Júnior, de Chapecó, disse que mesmo leite fabricado com data de antes da paralisação já está sendo vendido a R$ 3,49 em supermercados de Chapecó. Em maio o preço médio nos supermercados de Chapecó era de R$ 3,23 por litro, segundo pesquisa da Unochapecó e do Sicom. Ele ressalta que esse aumento não é culpa do produtor.