A Justiça condenou 16 pessoas ligadas ao Laticínios Mondaí, da cidade homônima, por adulteração do leite. De acordo com o Ministério Público, que investigou a empresa por seis meses, na Operação Leite Adulterado II, houve um trabalho para mascarar a qualidade do leite, o que constitui crime contra o consumidor.

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De acordo com a investigação diretores, gerentes, transportadores e laboratoristas formaram uma organização criminosa que adicionava produtos químicos impróprios para o consumo, como água oxigenada e soda cáustica, com o objetivo de mascarar leite com acidez ou dar maior durabilidade.

As maiores penas, de 16 anos, um mês e 23 dias de detenção, em regime fechado, foram dadas aos sócios-proprietários Irineu Otto Bornholdt e Vilson Claudenir Jesuíno Freire. Eles foram enquadrados nos crimes de organização criminosa, adulteração de produto alimentício, crime contra as relações de consumo e falsidade ideológica.

As condenações somadas chegam a 125 anos de prisão. Diariamente eram processados cerca de 400 mil litros.

O advogado dos sócios, Irio Grolli, e que também representa outros condenados, disse que vai recorrer da decisão, que foi tomada em primeira instância, pela Justiça de Mondaí.

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-Vamos entrar com embargos de declaração pois há algumas omissões. Há um exagero nas condenações pois o caso não se constitui em organização criminosa, o que existia era uma relação empregatícia. Além disso não ficou provado que houve danos à saúde de alguém. Existem produtos químicos em vários alimentos que são utilizados para conservar o produto – afirmou o advogado.