O novo prédio do Hospital Regional do Oeste (HRO), que ampliará em cerca de 50% o atendimento na região, está praticamente pronto. Mas se a notícia é boa, ainda existe um longo caminho para que finalmente a instituição abra as portas para a população. Além de equipamentos, da contratação de funcionários, falta a retirada dos tapumes, o paisagismo na entrada do prédio, a ligação de água e dos gases como ar comprimido e oxigênio. A instalação dos móveis, que custou R$ 1,5 milhão, está em fase
final e deve ser concluída até o início de abril. Dos 11 mil metros quadrados, distribuídos em 11 andares, sendo dois de galerias para equipamentos e nove para serviços, dois devem estar funcionando até o fim do ano, segundo o assessor jurídico do HRO, Paulo Winckler.
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– Como o volume de recursos é grande, nosso objetivo é inaugurar o novo hospital por partes, a prioridade seria o bloco cirúrgico e as UTIs. Atualmente temos 12 leitos de UTI Geral e cinco de UTI pediátrica, que não dão conta da demanda, temos que improvisar leitos – diz Winckler.
O que neste momento realmente mais pesa para o funcionamento são os aparelhos, estimados em R$ 31 milhões. Uma parte deles, do serviço de hemodinâmica, já foi contratado, no valor de R$ 650 mil e será instalado em 150 dias.
A Secretaria do Estado de Saúde, que em outubro do ano passado assinou um convênio de R$ 7,2 milhões para equipamentos nacionais que serão financiados com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informou que até o final deste mês devem ser liberados os recursos.
Além disso, restaria à Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira, que administra o HRO, ajustar a lista de máquinas importadas, no valor de R$ 15,3 milhões. De acordo com Winckler, essa lista foi encaminhada nesta semana.
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Aumento de sete para 17 salas no bloco cirúrgico
Ele destacou que os equipamentos importados somam R$ 13 milhões, mas existem outros R$ 9 milhões de nacionais, que não são financiáveis pelo BNDES. Faltariam R$ 7 milhões em recursos e mais R$ 2 milhões para itens chamados de hotelaria, que seriam roupas de cama e similares. Além disso, ampliar o custeio. Atualmente, a despesa é próxima de R$ 10 milhões, sendo a metade bancada pelo do Sistema Único de Saúde (SUS), e o restante por um convênio de R$ 1,8 milhão com o governo do Estado.
A despesa para contratação de mais mil funcionários e outras despesas aumentarão o custo em
R$ 4,5 milhões. Winckler afirma que o Estado teria que começar bancando essa despesa até conseguir o credenciamento no Ministério da Saúde, para aumentar o repasse do SUS.
O bloco cirúrgico aumentará o número de salas de sete para 17. Winckler destacou que, com isso, poderá ser ampliado o atendimento de cirurgias, entre elas as que não são urgentes e que pela falta de salas acabam sendo canceladas.
– Com a nova estrutura vamos nos tornar um centro de referência, com o credenciamento como hospital escola, além de oferecer alguns serviços neurológicos que atualmente são oferecidos em Passo Fundo, cardiológicos que precisam ir a Xanxerê e também fazer transplante de fígado – disse Winckler.
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O engenheiro clínico Fernando Meira da Rocha, vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica, considera que Chapecó ficará com a melhor estrutura hospitalar de Santa Catarina. Inclusive, há previsão de que poderá atender pacientes do Rio Grande do Sul e Paraná.
Iniciada a construção de espaço para radioterapia
Além do prédio novo, outro serviço que será ampliado no Hospital Regional do Oeste é a radioterapia. Nesta semana, iniciou-se a construção da casamata, que nada mais é que um abrigo blindado, onde ficará o novo acelerador linear, comprado pelo Ministério da Saúde.
A casamata é uma caixa de concreto com 220 metros quadrados e paredes de 2,2 metros de espessura para conter a radiação.
A obra, no valor de R$ 2,5 milhões, será executada pela Engedix, de Xanxerê, com prazo de conclusão de sete meses. Depois disso, será instalado o equipamento, que custou R$ 1,1 milhão. A expectativa é de começar a atender no início de 2019.
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A partir da instalação deste equipamento, a direção do hospital pretende desativar o atual aparelho, que é de 2002, e instalar um segundo, com recursos de emendas parlamentares. Com isso o atendimento, que é de 100 sessões por dia, deve triplicar.
Com isso o atendimento, que é de 100 sessões por dia, deve triplicar.
Números após inauguração
Leitos: De 319 para 475
UTI: De 17 para 37 leitos, incluíndo coronariana, que não existe
Salas cirúrgicas: de 7 para 17
Investimento: R$ 28 milhões no prédio e R$ 31 milhões em equipamentos