As exportações de suínos de Santa Catarina em setembro não foram tão boas quanto em agosto, com queda de 16% em valor e 15% em peso. Mas o faturamento, de US$ 49 milhões, foi 0,5% maior do que em setembro de 2017 e, o volume, de 28,4 mil toneladas, foi 29,5% maior nesse comparativo.
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China, Hong Kong, Chile e Argentina foram os maiores compradores e todos tiveram crescimento em volume. Em faturamento só houve redução para o Chile. A China teve um crescimento de 221% em faturamento e 248% em faturamento.
No acumulado do ano Santa Catarina exportou 231 mil toneladas, com crescimento de 8,7% em relação aos nove primeiros meses do ano passado. O faturamento, de US$ 439 milhões, teve queda de 12,1%.
O engenheiro agrônomo do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri responsável pela análise do mercado de carnes, Alexandre Giehl, disse que a queda em agosto era previsível pois julho e agosto tiveram médias acima da média. Ele também explicou porque a quantidade aumentou no ano mas o valor caiu.
– Um dos principais motivos para esse resultado é o fato de que, com a suspensão das exportações para a Rússia, o principal mercado passou a ser a China. Embora tenha absorvido parcela significativa do que anteriormente era exportado para a Rússia, os valores médios pagos pela China estão abaixo do que se conseguia nas exportações para a Rússia, gerando um resultado negativo em termos de receitas – afirmou.
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Santa Catarina representa 50% do que o Brasil exportou no ano, contra 38% do ano passado.
Frango cresce em volume mas cai em valor
Os embarques de frango de Santa Catarina, que foram de 92 mil toneladas em setembro, são 3,5% maiores do que em setembro do ano passado, mas 16,8% inferiores a agosto de 2018. A explicação também é de que os dois meses anteriores foram bons, por isso a queda.
O faturamento, de US$ 149 milhões, é 17,4% menor do que em agosto e, 11,4% menor do que em setembro do ano passado. Os principais mercados foram Japão, China e Arábia Saudita.
O acumulado do ano é de 752 mil toneladas, o que representa um aumento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2017, mas com queda de 8,5% no faturamento, que foi de US$ 1,2 bilhão. Alexandre Giehl, do Cepa/Epagri, disse que os maiores compradores reduziram o valor médio da tonelada exportada, ou seja, estão pagando menos pelo mesmo volume.
No frango a participação catarinense no ano é de 27%, contra 23% no ano passado.