Enquanto em Santa Catarina houve uma queda de 5% em julho no percentual das famílias endividadas, em Chapecó esse índice aumentou em 5% no período, segundo dados do Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom) e Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio). O percentual que era de 43,2% em junho passou para 48,3%. Muito próximo da média estadual, que é de 50,5%.

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O diretor-executivo do Sicom, Eduardo Perrone, disse que normalmente a maior cidade do Oeste tinha um índice de 10% abaixo da média estadual. A piora nesse índice está relacionada às dificuldades do setor agroindustrial, impactado pela Operação Carne Fraca, embargo europeu, suspensão das exportações para a Rússia e férias coletivas.

– Tivemos os gastos não programados na paralisação dos caminhoneiros, rolagem de dívidas e uma baixa economia circulante devido ao ajuste das agroindústrias, isso se reflete no crédito – afirmou Perrone.

Ele destacou que 53% dos endividados possuem contas em carnês, o que revela que as próprias empresas estão financiando seus clientes e se descapitalizando. Ele alerta também para o longo prazo das contas a pagar, pois 51,9% passam de um ano.

– É uma situação delicada que exige cuidado ao conceder crédito próprio e também planejamento nas compras para evitar encalhe – destacou Perrone.

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Além disso 22% dos endividados estão com contas em atraso e 10% não terão condições de pagar.