O trecho da BR-163 que de tão ruim foi sinalizado com cones pela Polícia Rodoviária Federal, no final de semana, deve ser consertado a partir desta segunda-feira, segundo informações Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
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A Polícia Rodoviária colocou cones em buracos no quilômetro 83 da rodovia, em Guaraciaba, e recomenda que os motoristas reduzam a velocidade devido ao mau estado de conservação da rodovia.
A rodovia, que fica no Extremo Oeste de Santa Catarina, e vai de São Miguel do Oeste até Dionísio Cerqueira, vem sendo apontada em estudos da Confederação Nacional de Transportes e da Federação das Indústrias de Santa Catarina e da como uma das piores do Estado nos últimos anos.
Em 2012 foi assinado contrato com a Sul Catarinense para recuperação dos 62 quilômetros de pavimentação, mais 23 quilômetros de terceiras faixas e 22 quilômetros de vias laterais. Mas em cinco anos a empresa fez apenas 40% das obras e o DNIT rescindiu unilateralmente o contrato. Uma nova licitação está para ser lançada até o final do ano.
O chefe do escritório do DNIT em Chapecó, Diego Silva, afirmou que as chuvas contribuíram para acelerar o aparecimento de buracos na pista, mas que já tomou providências para recuperação do trecho mais crítico.
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– Um engenheiro do DNIT já esteve no local na manhã de hoje fazendo uma avaliação (segunda-feira) e ainda no final de semana comunicamos a empresa responsável pela manutenção para que inicie ainda hoje a recuperação. O que acabou ocorrendo é que após o abandono da obra ficou prejudicado o escoamento da água no local e isso ajuda a deteriorar o pavimento – disse o engenheiro.
Em março deste ano foi assinado um contrato de R$ 7,2 milhões com a empresa Diferencial, para manutenção das BRs 163 e 282, de São Miguel do Oeste até Paraíso, na fronteira com a Argentina.
A expectativa é que, sendo confirmada a licitação ainda em 2018 e não havendo problemas no processo as obras definitivas poderiam iniciar no segundo semestre de 2019.
Um dos diferenciais desta obra é que o DNIT pretende utilizar concreto em vez de pavimento na rodovia.
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– O gasto seria um pouco maior agora mas depois economizaríamos na manutenção – explicou o chefe do DNIT.
Para 2018 a BR-163 tem apenas R$ 6 milhões, o que é menos do que a verba de tapa-buracos.