Lideranças do agronegócio catarinense esperam que o Governo Federal encontre uma solução de bom senso em relação ao tabelamento do frete, que foi uma das medidas acordadas durante a paralisação dos caminhoneiros.
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O diretor-executivo da Associação Catarinense de Avicultura (Acav) e Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo Gouvêa, disse que cálculos feitos com a tabela proposta inicialmente tinham aumentos que variavam de 20% a 140%. Isso porque o setor envolve vários tipos de transporte, desde grãos, ração, animais vivos, contêineres e câmaras frias.
– O governo, para acabar com a greve, acabou prometendo uma coisa que não sai do bolso dele. Isso é uma aberração econômica, pois numa economia de mercado vai ter um setor com preço mínimo, então eu também vou querer preço mínimo do frango – lamentou.
Gouvêa disse que a indefinição no tabelamento de frete já está afetando o transporte de milho.
– Não está vindo milho porque não se define qual é o cálculo do frete e quem vai pagar essa diferença – argumentou.
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Ele argumentou ainda é necessário rediscutir a necessidade de aumento de frete se o óleo diesel terá redução. Ponderou ainda que o momento é delicado, principalmente para o setor agroindustrial e que um aumento de custos pode ter consequências danosas para a cadeia produtiva.