O custo de produção de aves teve um acréscimo de 2,5% e o de suínos, de 2,8%, segundo levantamento da Embrapa a ser divulgado hoje. De acordo com o economista Ari Jarbas Sandi, analista da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia, o acréscimo foi motivado pela alta do milho, que passou de R$ 27 para R$ 33 a saca, e um aumento de 15% no farelo de soja. A alimentação responde por quase 70% do custo de produção.

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Uma previsão de redução de safra de milho de 10% no Brasil e na Argentina, aliada à especulação no mercado interno, elevou o preço do cereal. Há uma expectativa de estabilidade nos próximos meses, pois é o período forte de colheita.

Sandi disse que o governo precisa atuar em alguns momentos para proteger os produtores, pois uma elevação de preços causa prejuízos no setor que é o responsável pelo superávit da balança brasileira.

– O governo precisa de uma política pública com maior oferta de silos, para não ter que exportar quando não precisa, melhorar a logística e a mobilidade e proteger o produtor com seguro. Outros países protegem o setor produtivo, pois gera segurança alimentar, e o excedente é exportado, gerando divisas – avalia.

Preço diminui

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O preço do suíno, que havia registrado duas quedas em fevereiro, voltou a cair R$ 0,10 na semana passada. Com isso, baixou de R$ 3,10 por quilo no início de fevereiro para R$ 2,80. Produtores independentes estão trabalhando no prejuízo, segundo a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos.

Queda na safra produção

Novo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento aponta diminuição de 26% na produção de milho catarinense, com 2,3 milhões de toneladas, contra 3,2 milhões de 2017. O motivo é a redução de área e de produtividade. Na soja a redução é estimada em 5%, de 2,2 milhões para 2,1 milhões de toneladas. Houve aumento de área de 5%, mas queda de produtividade em 10%, devido a dias de estiagem.

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