O excesso de chuva no mês de outubro já está prejudicando as lavouras catarinenses. Em Chapecó, por exemplo, já choveu 223 milímetros em 15 dias segundo a Epagri, o mesmo volume da média histórica de todo o mês.

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O produtor Félix Muraro Júnior prevê que terá perdas em sua lavoura de 50 hectares.

–É muita chuva, faz uns 15 dias que está assim. Deu uma ventania que acamou o trigo e não deu mais sol para ele se reerguer. Com essa umidade facilita a entrada de doenças e o grão vai perder qualidade – lamentou.

O engenheiro agrônomo que coordena o setor de agricultura da Cooperativa Agroindustrial Alfa (Cooperalfa), Claudinei Turmina, afirmou que a falta de sol já diminuiu o peso na formação dos grãos e, nas lavouras que estão prontas para colher, pode apodrecer alguns cachos de trigo, por excesso de umidade.

Ele estima uma perda na produção e 7 a 10% nas lavouras de abrangência da cooperativa.

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Além disso o plantio da soja também está sendo impactado, com um atraso estimado em dez dias. Atualmente 25 a 30% das lavouras foram semeadas.

O setor hortigranjeiro também sofre com o excesso de umidade. Jocimar Scussel, que tem 10 hectares cultivados, sendo apenas 30% com estufas, disse que já tem prejuízo na lavoura.

– Com a falta de sol as plantas não desenvolvem e alface que está pronta para ser colhida tem uma perda de 30%, pois está estragando. Começa a afetar também o brócolis, cebolinha e salsinha – afirmou.

Com isso o preço de produtos como a alface, que caiu 10% neste mês segundo pesquisa da Unochapecó e Sicom, deve ter aumento de preço para o consumidor.

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