O preço das carnes de frango e suíno, bom como seus derivados, devem ter um acréscimo de cerca de 15% para o consumidor final até o final do ano, segundo avaliação do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.

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Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira, na sede da entidade, em São Paulo, Turra destacou que esse repasse é resultado de um aumento de custos de produção, principalmente do aumento do milho, em 53%, do farelo de soja, em 43% e, do frete, em 35%.

O vice-presidente da entidade, Ricardo Santin, destacou que, mesmo com o consumo estável, de 42 quilos per capita/ano de frango e 14,7 quilos de suíno, há um cenário mais favorável para esse repasse pois já não há mais estoques sobrando no mercado, como havia antes da paralisação dos caminhoneiros.

Tanto que a produção de frangos no Brasil deverá ter uma queda de 1 a 2% em 2018, ficando em 13 milhões de toneladas. Isso é reflexo dos milhões de pintinhos que foram sacrificados no campo e das férias coletivas nos frigoríficos.

As exportações devem ter uma queda de 2 a 3% em volumes, ficando em 4,25 milhões de toneladas. Para agosto a previsão de embarques superiores a 400 mil toneladas.

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Santin também espera melhora no resultado financeiro, que até julho estava em US$ 3,6 bilhões, 12,4% a menos do que no ano passado.

No setor de suínos a projeção é de crescimento de 1% na produção, com 3,8 milhões de toneladas. Já as exportações devem cair de 10 a 12% em volume, com 620 mil toneladas. A previsão é de embarcar 68 mil toneladas em agosto. A receita dos primeiros sete meses com exportações foi de US$ 686 milhões, 27,8% menor do que em 2017.