As agroindústrias começaram a retomar os abates na manhã desta quarta-feira, embora de forma gradual. O movimento de caminhões de frango e suíno, que não eram mais vistas há uma semana, começou a aparecer nas rodovias do Oeste.

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O motorista Marcelo Fantin, por exemplo, fez uma entrega de 110 suínos na unidade da Aurora no bairro Saic, em Chapecó, de uma propriedade de Saudades, há cerca de 70 quilômetros. Ele disse que não via a hora de voltar a trabalhar, até para sustentar a família.

– A viagem até aqui foi tranquila mas nesses dias parados perdi entre R$ 700 e R$ 800 de salário, já o patrão perdeu R$ 7 mil a R$ 8 mil. Precisava voltar a trabalhar pois a gente tem que dar comida para a família né – destacou.

A unidade da Aurora em Guatambu, que abate aves, também retomou a produção. E um dos avicultores que teve seu lote encaminhado para a indústria foi Ademir Momoli, em Chapecó. Ele já estava com os frangos prontos há sete dias e nesse período os animais só comeram e não ganharam peso.

– É um alívio para a gente pois não tinha quase comida e assim eles também deixam de sofrer, dá mais tranquilidade – disse.

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A Aurora também retomou abate de aves em Quilombo e Xaxim. Mas outras unidades não havia reiniciado ainda.

Na BRF de Chapecó os caminhões de aves voltaram a circular. Na BRF foi retomado o abate em Videira e, em Concórdia o retorno foi parcial, na área de industrialização. Para sexta-feira a unidade convocou os trabalhadores para o retorno dos abates de suínos e aves. As linhas ainda irão operar em caráter de contingência.

Já nas unidades da JBS em Itapiranga e Ipumirim o abate ainda não foi retomado. Em Itapiranga vai retomar o abate de aves nesta quinta-feira à tarde. Em Seara houve movimentação de animais e a previsão era de iniciar o abate hoje à tarde. Em Ipumirim a previsão é de retomada nesta sexta-feira.

Em todo o estado foram pelo menos 26 grandes agroindústrias e cerca de 50 mil trabalhadores que ficaram parados. A estimativa é que ainda demore até dois meses para normalizar a situação.

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