A Associação Brasileira de Proteína Animal lançou nesta quinta-feira, em coletiva realizada em São Paulo, uma meta de exportar 500 mil toneladas de aves e suínos por mês, até 2020. De acordo com o presidente da entidade, Francisco Turra, a média de 2018 deve ficar em 394 mil toneladas.

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Segundo o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, em julho o Brasil chegou a atingir esse patamar.

No entanto os números de produção e exportações de suínos e aves fecharão negativos em 2018. No frango a produção de 12,8 milhões de toneladas é 1,7% inferior ao ano passado, a exportação de 4,1 milhões de toneladas é 4,9% menor e o faturamento de US$ 6,5 bilhões também é 9% menor em receita de exportações.

No suíno a produção de 3,63 milhões de toneladas é 3,2% menor e, a exportação de 640 mil toneladas é 8% menor em volume. O faturamento com exportação, de US$ 1,1 bilhão, é 26% menor.

Isso ocorre devido ao embargo russo que comprava 40% da carne suína em 2017 no caso dos suínos, e só voltou a comprar no mês passado.

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No caso das aves houve o embargo da União Européia, o que reduziu em 20% as exportações, além de aumento de exigências da Arábia Saudita no abate halal, que são baseadas em preceitos islâmicos.

Além disso ocorreram problemas no mercado interno, como a greve dos caminhoneiros, com prejuízo estimado em R$ 1,5 bilhão.

O consumo de aves no Brasil ficará em 41,7 quilos per capita ano, o que representa uma queda de 0,75%. No suíno a queda será de 2,6%, com consumo do suíno, que foi de 14,3 quilos per/capita em 2017.

Para 2019 a projeção da ABPA é de crescimento de 1,39% na produção de suínos e aves.