O youtuber Adilson Dini está entre os alvos de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que foram cumpridos na manhã desta terça-feira (16) em Santa Catarina. A Polícia Federal esteve na casa dele, em Camboriú. O próprio youtuber informou nas redes sociais que os policiais recolheram seu celular e equipamentos de filmagem.

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Os mandados foram expedidos a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), no âmbito do inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, que defendem o fechamento do Congresso Nacional e da Suprema Corte, e uma intervenção militar.

Dini fez carreira em Balneário Camboriú como corretor de imóveis. Fontes da área, ouvidas pela coluna, informaram que ele já não atua mais na profissão e se dedica exclusivamente ao canal nas redes sociais. O youtuber tem cerca de 330 mil inscritos. 

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Em julho do ano passado, o catarinense fez parte de uma comitiva autodenominada ‘youtubers de direita’, que foi recebida em Brasília pelo presidente Jair Bolsonaro. Na época, o jornal O Globo publicou que o grupo costuma publicar mensagens a favor de intervenção militar. Dini foi citado por publicações em que propaga uma interpretação equivocada do Artigo 142 da Constituição Federal, dando a entender que permitiria a destituição de poderes.

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A última publicação dele a respeito foi feita nesta segunda-feira (15). Em vídeo, o youtuber diz que o Artigo 142 tem “atemorizado ministros (do STF) e a classe política”.

Dini não foi localizado pela coluna, na manhã desta terça, para comentar os mandados. Nas redes sociais, ele publicou a seguinte declaração: “A Policia Federal acabou de sair da minha casa, a pedido de Alexandre de Moares (STF). Estou sem os equipamentos de gravação e transmissão, além do meu celular. Estamos sendo censurados por uma instituição que deveria fazer justiça ao encontro de cidadãos de bem”.

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O inquérito que investiga manifestações contra a democracia é sigiloso e foi aberto a pedido da PGR, em abril, depois que atos democráticos ocorreram em diversas cidades no país. Os manifestantes pediam a volta do AI-5, intervenção militar e fechamento do Congresso Nacional e do STF.

A Procuradoria citou violação à Lei de Segurança Nacional e a participação de deputados federais no evento para justificar o pedido de abertura das investigações.

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