Está na hora de Santa Catarina desenvolver um projeto amplo de fiação subterrânea para que o fornecimento de energia elétrica nas cidades não esteja à mercê de fenômenos climáticos. Nesta quinta-feira (13), quando o Estado enfrenta a passagem de um novo ciclone, mais de 300 mil unidades consumidoras estão sem luz.

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Os prejuízos são imensuráveis. Pequenos comércios suspendem atendimentos, eletrônicos são danificados, o trabalho é interrompido. Tem cidades em que o tratamento de água precisou ser paralisado. A economia é impactada.

Três vezes em que os arranha-céus de Balneário Camboriú balançaram com o vento

O fornecimento de energia é afetado pelos fenômenos naturais. O vento danifica a fiação, e milhares de consumidores são atingidos de uma só vez. Técnicos da Celesc não dão conta de restabelecer a energia enquanto a ventania prossegue e causa mais estragos.

Santa Catarina é um dos estados brasileiros que mais sofrem com fenômenos climáticos extremos, como os ciclones. E eles estão cada vez mais frequentes.

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A rede elétrica subterrânea diminui o impacto porque a fiação não fica exposta às intempéries. O problema é o preço, que chega a ser 20 vezes maior do que a rede comum, aérea.

O custo, no entanto, pode ser compensado pela redução de risco e de prejuízos. O investimento pode ser feito pelo Estado ou pelos municípios – hoje, algumas cidades em SC investem na rede subterrânea em áreas específicas, geralmente com função cênica, para melhorar a paisagem.

Santa Catarina merece uma “virada de chave”, que prepare as cidades para fenômenos inevitáveis.