A votação da aceitação do segundo processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés (PSL), que deve ocorrer nesta quinta-feira (15) à tarde, na Assembleia Legislativa, promete expor o governo a uma nova sessão de desgaste. Ocorre que, desta vez, o assunto são os respiradores. E esse é o ‘calcanhar de Aquiles’ de Moisés.

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Ainda que o caso esteja sob investigação e que a rigor, até agora, não haja nada que indique participação do governador na fraude, os respiradores foram a senha para que o governo chegasse a este ponto, acuado por pedidos paralelos de impeachment.

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Diante disso, não se esperam grandes surpresas no resultado da sessão – exceto a possibilidade de migração de algum voto que foi contrário ao primeiro processo de impeachment. É o caso do deputado Bruno Souza (Novo), que deixou claro, na primeira votação, que era contrário ao impeachment pelo reajuste dos procuradores, mas não é contra outros processos.

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A tônica dos discursos dos parlamentares também deve ser semelhante à que se viu em setembro – ou seja, a exposição de erros do governo e de mágoas legislativas. Com o agravante de que o assunto, desta vez, é menos burocrático do que a equiparação salarial dos procuradores. Mais simples e com apelo público, tem maior potencial para causar estragos.

A mudança pode estar na mobilização. Nos bastidores, fala-se que, desta vez, Moisés deve ter ‘torcida’ para contrapor a votação na Alesc. Ocorre que os processos de impeachment tomaram a dimensão de uma avalanche, que soterra o governo e neutraliza as tentativas de sobrevivência.

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